domingo, 31 de janeiro de 2010

FIM DA ERA MILITAR

Fim da Era Militar

A Wikipedia apresenta assim o fim do Militarismo:

O Brasil era governado, desde 1964, por um sistema militar, caracterizado pela repressão política (principalmente aos ideais socialistas), altos investimentos no crescimento industrial e no nacionalismo exacerbado. No ápice da ditadura militar, no início da década de 1970, o Brasil passava por um período de milagre econômico, tinha um forte governo centralizado e repressor e desenvolvimento social. Entretanto, por causa de crises econômicas internacionais, o forte crescimento econômico brasileiro foi interrompido, e a pressão social passou a aumentar. Demandas populares por maiores liberdades, pelo fim da censura, pela anistia, entre outros movimentos, desestabilizavam o governo brasileiro no fim da década. O governo passou a estruturar, então, uma lenta transmissão para a democracia. Iniciada pelo presidente Ernesto Geisel, várias regalias foram concedidas ao povo brasileiro, mas vagarosamente.

João Figueiredo foi eleito pelo Colégio Eleitoral brasileiro em 1979, com a promessa de entregar a democracia de volta ao Brasil. Em seu governo, a anistia geral e irrestrita a todos os perseguidos políticos foi garantida, o pluripartidarismo foi permitido, e várias reformas políticas e econômicas que visavam a reestruturação do Brasil foram praticadas.
Pressões sociais culminaram em 1984, com o movimento Diretas Já, série de manifestações populares que pediam eleições diretas para presidente da república e o fim da interferência militar no governo brasileiro. Em 1984, o Colégio Eleitoral realizou eleições para presidente e, preterindo o candidato representante da situação, Paulo Maluf, optaram pelo candidato peemedebista, Tancredo Neves. Em 15 de Março de 1985, Neves seria o primeiro presidente civil a reger o país, desde João Goulart.





Redemocratização e estabilização do Brasil
Apesar de eleito, Neves não chegou a assumir o seu cargo. Devido a uma complicação de sua doença, Tancredo Neves foi internado, sendo operado no dia 14 de março de 1985 e contraindo infecção hospitalar. No dia da posse, 15 de março de 1985, assume então José Sarney de modo interino. No dia 21 de abril, o porta-voz da República anuncia o falecimento oficial do presidente Tancredo Neves. Deste dia em diante, Sarney seria reconhecido como presidente em exercício pleno.
Em 1° de março de 1986, Sarney e sua equipe econômica comandada por Dilson Funaro, ministro da Fazenda, lançam o "Plano Cruzado", conjunto de medidas para conter a inflação, entre as quais o congelamento de preços e a criação de uma nova moeda, o Cruzado (Cz$), valendo mil cruzeiros (Cr$) (moeda da época). Sarney apelou para a população que deu amplo apoio ao plano, inclusive com as pessoas se declarando "fiscais do Sarney" e denunciando violações ao congelamento de preços. O PMDB vence as eleições para governadores de 1986 em todos os estados (à exceção de Alagoas), porém após as eleições, em 21 de novembro de 1986, o governo decreta o "Plano Cruzado 2", com os preços sendo liberados. Isto ocasionou um descontentamento do povo para com o governo, pois o plano cruzado foi visto por muitos como uma simples estratégia política para vencer as eleições. A inflação volta a subir, a crise se alastra e em 20 de janeiro de 1987 o governo decreta moratória, deixando de pagar a dívida externa.
Em 29 de abril de 1987, o governo substitui Funaro por Luis Carlos Bresser Pereira, que com a inflação em alta, lança o "Plano Bresser", com novo congelamento de preços, em junho de 1987 e acabando com a moratória. A inflação volta a subir e em 6 de janeiro de 1988, Bresser é substituído por Maílson da Nóbrega.
A democracia foi re-estabelecida em 1988, quando a atual Constituição Federal foi promulgada[1]. Em 15 de janeiro de 1989 Maílson lança o "Plano Verão", com o lançamento de uma nova moeda, o cruzado novo (Ncz$) valendo então 1000 cruzados.

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