terça-feira, 24 de março de 2009

DOM PEDRO II

BIOGRAFIA DE D. Pedro II
(1825-1891)

SUA VIDA

Pedro de Alcântara João Carlosn Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga.
Nascido em 02/12/1825, no Rio de Janeiro, no palácio da Quinta da Boa Vista, era o sétimo filho de D. Pedro I com a Imperatriz Maria Leopoldina, sua mãe morreu quando ele tinha um ano de idade, sendo o terceiro na linha de sucessão ao trono do Brasil. Mas com seus irmãos mais velhos morreram, ele tornou-se o legítimo herdeiro do trono. Aos seis anos foi aclamado segundo Imperador do Brasil e aos 15 anos assumiu o trono. Com 18 anos casou-se com princesa Italiana de Nápoles, do reino das duas Sicílias, Teresa Cristina Maria de Bourbon. Teve quatro filhos, mais dois deles morreram, restando somente as duas filhas Leopoldina e Isabel.


EDUCAÇÃO DE DOM PEDRO II

EDUCAÇÃO
Com cinco anos de idade seu pai abdicou do trono e D. Pedro II ficou no Brasil sob a tutela de José Bonifácio e depois de Manuel Inacio Souto Maior, marquês de Itanahém. Foi educado por uma camareira chamada Mariana Carolota de Verna Magalhães Coutinho, que mais tarde recebia o título de Condessa de Belmonte.

Os grandes mestres do seu tempo foram os seus professores, se tornando um grande intelectual com formação educacional em português e literatura, francês, inglês, alemão, geografia, ciências naturais, música, dança, pintura, esgrima e equitação.
Segundo o PROF. LOURENÇO WIZ LACOMB, D. Pedro II teve como professor de catolicismo, latim e matemática o frei carmelita Pedro de Santa Mariana, que tornou-se posteriormente bispo de Crisópolis.







Eram um homem interessado pelas artes e pelas ciências, sendo um protetor dos intelectuais e escritores. Seus conhecimentos não advinham somente de estudos de livros ou de aulas didáticas. D. Pedro II, mesmo com as dificuldades de transportes da época viajou pelo Brasil, em viagem que chegaram a demorar 6 meses, além de visitar muitos países do mundo, até a longínqua Rússia. Tudo isso foi formando a personalidade e o caráter do nosso genial Imperador.

D. Pedro II mantinha contato com os cientistas da época, trocando correspondência e quando viajava muitas vezes procurava os escritores e estudiosos em vez dos monarcas. Entre seus amigos da Europa estava Pasteur e Gobineau.



Depois que foi expulso do país e passou a morar na Europa, vivia freqüentando espetáculos e dando palestras, derramando da sua sabedoria sobre a platéia que o ouvia atentamente.

“O ilustre governante passou à história como um intelectual, apreciador da ciência, das artes e da liberdade de informação e como homem tolerante, aberto ao diálogo e às transformações da vida social” (http://www.e-biografias.net/biografias/dompedro_ii.php)

“Na Europa, viveu em Cannes, Versailles e Paris, onde participa de palestras, conferências e espetáculos de arte”.( http://v2.temdica.com.br/criancas/58-biografia-de-dom-pedro-ii-.html)

sempre incentivando intelectuais e escritores. Durante o seu reinado, excursionou pelo Brasil e visitou diversos lugares do mundo, como a América do Norte, a Rússia, a Grécia, o Egito e a Palestina. Nestas visitas sempre buscava trazer inovações tecnológicas para o país, como a câmera fotográfica, onde os registros de suas viagens se tornaram preciosidades históricas. (http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u151.jhtm)



RECONHECIMENTO PELOS SEUS CONTEMPORÂNEOS

Entre os contemporâneos do meio intelectual que admiravam o imperador-filósofo podemos citar os nomes do biólogo Charles Darwin, do escritor americano Henry Longfellow, do cientista Louis Pasteur, do músico e compositor Richard Wagner e do poeta italiano Alexandre Manzoni, entre os que o elogiaram.
Na opinião do escritor Victor Hugo, Dom Pedro era "o neto de Marco Aurélio", ou seja, a perfeição dos imperadores;

O primeiro-ministro da Inglaterra vitoriana, sir William Gladstone: "Dom Pedro II é um modelo para todos os soberanos do mundo, pelo seu zelo no cumprimento dos seus altos deveres..., é o que definiríamos como um bom soberano, um exemplo e uma bênção para sua nação".

O compositor Carlos Gomes, autor da ópera O Guarani (1870), certa vez admitiu publicamente: "se não fosse o imperador, eu não seria Carlos Gomes".(monarquia-ja.blogspot.com/2009/09/educacao-de...)



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Veja as determinações do Marques de Itanhaém para a educação de Dom Pedro II:
"Instruções para serem observadas pelos Mestres do Imperador
em sua Educação Literária e Moral"


Artigo 1

Conhece-te a ti mesmo. Esta máxima... Servirá de base ao sistema de educação do Imperador, e uma base da qual os Mestres deverão tirar precisamente todos os corolários que formem um corpo completo de doutrinas, cujo estudo possa dar ao Imperador idéias exatas de todas as coisas, a fim de que Ele, discernindo sempre do falso o verdadeiro, venha em último resultado a compreender bem o que é a dignidade da espécie humana, ante a qual o Monarca é sempre homem, sem diferença natural de qualquer outro indivíduo humano, posto que sua categoria civil o eleve acima de todas as condições sociais.

Artigo 2

Em seguimento, os Mestres, apresentando ao Seu Augusto Discípulo este planeta que se chama terra, onde nasce, vive e morre o homem, lhe irão indicando ao mesmo tempo as relações que existem entre a humanidade e a natureza em geral, para que o Imperador, conhecendo perfeitamente a força da natureza social, venha a sentir, sem o querer mesmo, aquela necessidade absoluta de ser um Monarca bom, sábio e justo, fazendo-se garbo de ser o amigo fiel dos Representantes da Nação e o companheiro de todas as influências e homens de bem do País.

Artigo 3

Farão igualmente os Mestres ver ao Imperador que a tirania, a violência da espada e o derramamento de sangue nunca fizeram bem a pessoa alguma...

Artigo 4

Aqui deverão os Mestres se desvelar para mostrarem ao Imperador palpavelmente o acordo e harmonia da Religião com a Política, e de ambas com todas as ciências; porquanto, se a física estabelece a famosa lei da resistência na impenetrabilidade dos corpos, é verdade também que a moral funda ao mesmo tempo a tolerância e o mútuo perdão das injúrias, defeitos e erros; essa tolerância ou mútuo perdão, sobre revelar a perfeição do Cristianismo, revela também os quilates das almas boas nas relações de civilidade entre todos os povos, seja qual for sua religião e a forma do seu governo...

Artigo 5

Lembrem-se, pois os Mestres que o Imperador é homem; e partindo sempre dessa idéia fixa, tratem de lhe dar conhecimentos exatos e reais das coisas, sem gastarem o tempo com palavras e palavrões que ostentam uma erudição estéril e prejudicial, pois de outra forma virá o seu discípulo a cair no vicio que o Nosso Divino Redentor tanto combateu no Evangelho, quando clamava contra os doutores que invertiam e desfiguravam a lei, enganando as viúvas e aos homens ignorantes com discursos compridos e longas orações, e se impondo de sábios, embora sendo apenas uns pedantes faladores.

Artigo 6

Em conseqüência os Mestres não façam o Imperador decorar um montão de palavras ou um dicionário de vocábulos sem significação, porque a educação literária não consiste decerto nas regras da gramática nem na arte de saber por meio das letras; em conseqüência os Mestres devem limitar-se a fazer com que o Imperador conheça perfeitamente cada objeto de qualquer idéia enunciada na pronunciação de cada vocábulo...

Artigo 7

Julgo, portanto inútil dizer que as preliminares de qualquer ciência devem conter-se em muito poucas regras, assim como as evidencias e doutrinas gerais. Os Mestres não gastem o tempo com teses nem mortifiquem a memória do seu discípulo com sentenças abstratas; mas descendo logo às hipóteses, classifiquem as coisas e idéias, de maneira que o Imperador, sem abraçar nunca a nuvem por sonho, compreenda bem que o pão é pão e o queijo é queijo.
Assim, por exemplo, tratando das virtudes e vícios, o Mestre de Ciências Morais deverá classificar todas as ações filhas da soberba distinguindo-as sempre de todas as ações opostas que são filhas da humildade. E não basta ensinar ao Imperador que o homem não deve ser soberbo, mas é preciso indicar-lhe cada ação, onda exista a soberba, pois se assim não o fizer, bem pode acontecer que o Monarca venha para o futuro a praticar muitos atos de arrogância e altivez, supondo mesmo que tenha feito ações meritórias e dignas de louvor, e isto por não ter, em tempo, sabido conhecer a diferença entre a soberba e a humildade.

Artigo 8

Da mesma sorte, tratando-se das potências e das forças delas, o Mestre de ciências físicas fará uma resenha de todos os corpos computando os grãos de força que tem cada um deles, para que venha o Imperador a compreender que o poder monárquico se limita ao estudo e observância das leis da Natureza... e que o Monarca é sempre homem e um homem tão sujeito, que nada pode contra as leis da Natureza feitas por Deus em todos os corpos, e em todos os espíritos.

Artigo 9

Em seguimento ensinarão os Mestres ao Imperador que todos os deveres do Monarca se reduzem a sempre animar a Indústria, a Agricultura, o Comércio, as Artes e a Educação; e que tudo isto só se pode conseguir estudando o mesmo Imperador, de dia e de noite, as ciências todas, das quais o primeiro e principal objeto é sempre o corpo e a alma do homem; vindo, portanto a achar-se a Política e a Religião no amor dos homens. E o amor dos homens é que é o fim de todas as ciências; pois sem elas, em vez de promoverem a existência feliz da humanidade, ao contrário promovem a morte.

Artigo 10

Entendam-me, porém os Mestres do Imperador. Eu quero que o meu Augusto Pupilo seja um sábio consumado e profundamente versado em todas as ciências e artes e até mesmo nos ofícios mecânicos, para que ele saiba amar o trabalho como principio de todas as virtudes, e saiba igualmente honrar os homens laboriosos e úteis ao Estado. Mas não quererei decerto que Ele se faça um literato supersticioso para não gastar o tempo em discussões teológicas como o Imperador Justiniano; nem que seja um político frenético para não prodigalizar o dinheiro e o sangue dos brasileiros em conquistas e guerras e construção de edifícios de luxo, como fazia Luís XIV na França, todo absorvido nas idéias de grandeza; pois bem pode ser um grande Monarca o Senhor D. Pedro II sendo justo, sábio, honrado e virtuoso e amante da felicidade de seus súditos, sem ter precisão alguma de vexar os povos com tiranias e violentas extorsões de dinheiro e sangue.




Artigo 11

Sobretudo, recomendo muito aos Mestres do Imperador, hajam de observar quanto Ele é talentoso e dócil de gênio e de muita boa índole. Assim não custa nada encaminhar-lhe o entendimento sempre para o bem e verdade, uma vez que os Mestres em suas classes respectivas tenham, com efeito, idéias exatas da verdade e do bem, para que as possam transmitir e inspirar ao seu Augusto Discípulo.
Eu não cessarei de repetir aos Mestres que não olhem para os livros das Escolas, mas tão somente para o livro da Natureza, corpo e alma do homem; porque fora disto só pode haver ciência de papagaio ou de menino de escola, mas não verdade nem conhecimento exato das coisas, dos homens, e de Deus.

Artigo 12

Finalmente, não deixarão os Mestres do Imperador de lhe repetir todos os dias que um Monarca, toda a vez que não cuida seriamente dos deveres do trono, vem sempre a ser vitima dos erros, caprichos e iniqüidades dos seus ministros, cujos erros, caprichos e iniqüidades são sempre a origem das revoluções e guerras civis; e então paga o justo pelos pecadores, e o Monarca é que padece, enquanto que seus ministros sempre ficam rindo-se e cheios de dinheiro e de toda sorte de comodidades. Por isso cumpre absolutamente ao Monarca ler com atenção todos os jornais e periódicos da Corte e das Províncias e, além disto, receber com atenção todas as queixas e representações que qualquer pessoa lhe fizer contra os ministros de Estado, pois só tendo conhecimento da vida pública e privada de cada um dos seus ministros e Agentes é que cuidará da Nação. Eu cuido que não é necessário desenvolver mais amplamente estas Instruções na certeza de que cada um dos Mestres do Imperador lhe adicionará tudo quanto lhe ditarem as circunstâncias à proporção das doutrinas que no momento ensinarem. E confio grandemente na sabedoria e prudência do Muito Respeitável Senhor Padre Mestre Frei Pedro de Santa Mariana, que devendo ele presidir sempre a todos os atos letivos de Imperador como seu Primeiro Preceptor, seja o encarregado de pôr em prática estas Instruções, uniformizando o sistema da educação do Senhor Dom Pedro II, de acordo com todos os outros Mestres do Mesmo Augusto Senhor".
Paço da Boa Vista no Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1838.
Marquês de Itanhaém










A ÚLTIMA VIAGEM
Quando descobriu o mundo, Pedro II não quis mais parar
(na foto de 1887, sentado entre a mulher e o neto Pedro
Augusto, que depois foi internado com esquizofrenia, ele
segue para a viagem derradeira como imperador). Em lugar
de chefes de estado, procurava seus ídolos: Wagner,
Victor Hugo, Manzoni







A MÍDIA GOLPISTA
Chamado de Rei Caju, por causa do queixo saliente, ou de Pedro Banana, em razão da sonolência provocada pelo
diabetes, o imperador era criticado tanto por jornais monarquistas quanto republicanos, em que grassava a
militância pela mudança de regime. Não se deixava abalar: "Os ataques ao imperador não devem ser considerados
pessoais"







O IMPERADOR-CIDADÃO
Pioneiro do daguerreótipo, o processo precursor
da fotografia, Pedro II fotografava e se
deixava fotografar. Usava sempre casaca;
coroa ou a farda imperial (como na tampa da
tabaqueira com alegoria indígena) só nas
grandes cerimônias de estado. Era um monarca
constitucional, por obrigação e convicção: "Jurei
a Constituição; mas ainda que não a jurasse
seria ela para mim uma segunda religião"









INFÂNCIA INFELIZ
Com 1 ano, o pequeno príncipe ficou órfão de mãe; aos 5 (como
aparece no retrato menor, do francês Arnaud Julien Pallière), o
pai voltou para Portugal, deixando-lhe o império do Brasil.
Casou-se aos 17, por procuração, com Teresa Cristina, uma
princesa vinda de Nápoles. Os dois filhos homens morreram; ficaram
as meninas: Isabel, a herdeira, e Leopoldina (o retrato da família
é de outro francês radicado no Rio, François-René Moreaux)







O IMPÉRIO DA SELVA
Dom Pedro II (em foto de 1883, com detalhe do cetro de
dragão alado): estadista tão singular quanto a experiência
monárquica no Brasil, tinha simpatias republicanas. "A
ocupar posição, preferiria a de presidente da República ou
ministro à de imperador", escreveu em seu diário

















Abaixo segue um debate entre universitários do curso de história da UNIMES de Santos sobre o GOVERNO DE DOM PEDRO II:

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POR: José Luiz Costa de Carvalho

Caro Professores,

No dia 2 de dezembro do ano de 1825 no Palácio da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro nasceu o segundo Imperador do Brasil. Sétimo filho e terceiro varão de D. Pedro I e da Imperatriz D. Maria Leopoldina, que morreu quando D. Pedro II tinha apenas um ano de idade. Herdou o direito ao trono com a morte de seus irmãos mais velhos Miguel e João Carlos.

Como seus outros dois irmãos homens tinham morrido ele era o herdeiro do trono brasileiro. Tinha 5 anos quando o pai abdicou e ficou no Brasil sob a tutela de José Bonifácio de Andrade e Silva e, depois (1833-1840) Manuel Inácio de Andrade Souto Maior, marquês de Itanhaém.

Durante sua menoridade o Brasil foi dirigido por uma Regência. Começou a estudar sob a orientação da camareira-mor D. Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho, mais tarde condessa de Belmonte. Foi aclamado segundo imperador do Brasil, aos seis anos de idade e assumiu o trono aos 15 anos (18/06/1841), um ano depois de ser declarado maior e começar a reinar.

Fonte:http://www.miniweb.com.br/cidadania/Personalidades/pedro_II.html

Suas ações:

Pedro II deu ao Brasil 49 anos de paz interna, prosperidade e progresso. Durante o seu reinado foi aberta a primeira estrada de rodagem, a União e Indústria; correu a primeira locomotiva a vapor; foi instalado o cabo submarino; inaugurado o telefone e instituído o selo postal





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POR JOÃO RINQUE:

José Luiz Costa de Carvalho, sua postagem de 05/outubro, 17h31 me pareceu ufanista e reprodutora da história oficial, principalmente por atribuir uma auréola de paz e desenvolvimento ao governo Pedro II. Uma rápida pesquisa possibilita uma visão diferente, vejamos alguns fatos ocorridos a partir de 1840 quando D. Pedro II assumiu o governo:







1848 -: radicais do Partido Liberal pernambucanos iniciam a Revolta Praieira, só terminada em 1850 e marcada por excessos e violências por parte do governo imperial;



1849 -: Gonçalves Dias classifica de “más” as escolas de ensino das províncias do norte o que configura uma forma de violência contra aquela população.



1850 –: Lei Euzébio de Queirós acaba com o tráfico de escravos evidenciando um inexplicável assentimento de D. Pedro à exploração ignóbil do homem pelo homem;



1851 –: 1852: guerra contra Argentina e Uruguai (Oribe e Rosas).



1863 -: Questão Christie;



1864 -: 1865: guerra conta Aguirre (Uruguai);



1864 -: 1870: guerra contra o Paraguai e neste mesmo 1864 no Rio Grande do Sul a justiça manda recusar a matrícula de crianças e adultos, escravos ou não se forem de cor negra;



1871 –: Lei do Ventre liberta os nascidos de mãe escrava, um tardio reparo ao absurdo da escravidão humana que ainda continua a pesar contra o monarca e a sociedade;



1872 –: com uma população de 10 milhões de indivíduos o Brasil abriga nas escolas primárias apenas 150 mil alunos e detém a marca nefasta de 66,4% de analfabetos. Ainda há quem considere o monarca “magnânimo”! Neste ano e até 1874, no Rio Grande do Sul eclodia a Revolta dos Muncker (“santarrão” em alemão) que exprimiu o descontentamento dos imigrantes alemães com a situação do pais;



1874 – 1975: revolta da população pobre de Pernambuco abafada com violência pelo Império;



1879 –: o senador Oliveira Junqueira dizia que “certas matérias, talvez, não sejam convenientes para os pobres; o menino pobre deve ter noções muito simples”, num evidente reflexo da forma como o poder e a elite pensavam as camadas desfavorecidas da sociedade;



1885 -: Lei Saraiva Cotegipe e a Lei dos Sexagenários tornam livres os escravos maiores de 60 anos. Essa medida como outras similares não isentam o representante do poder da responsabilidade pelo mercado desumano da escravidão;



1889 -: os alunos matriculados nas escolas correspondem a míseros 12% da população em idade escolar. Quem ainda concorda com o título de “magnânimo” atribuído a Pedro II?







Isso é só uma parte da contra-face do regime encabeçado por Pedro II onde as eleições eram censitárias e fraudulentas e o poder moderador usado pelo monarca para manipular e se apropriar do estado.







Fontes pesquisadas:



WWW.guerras.brasilescola.com/guerra-contra-oribe-escola



WWW.mundovestibular.com.br/brasil/imperio



WWW.scribd.com/doc/33711960/historia-aula16-monarquia-brasileira-2reinado



WWW.brasilescola.com/historia/brasil-monarquia/2/



WWW.pedagogiaemfoco.pro.br/heb05.htm



WWW.laab.com.br/ClaudiaMentzMartins.pdf


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POR VALDEMIR MOTA DE MENEZES:

Alô João Rinque!
É sempre legal lê os seus comentários e trabalhos, pois sempre aprendo coisas e vejo seus pontos de vistas que demonstram para todos os colegas ciência sobre os fatos que aborda, todavia, permita-me discordar sobre alguns pontos.

1- Vejo que ideologicamente somos diferentes, o que não impede de sermos amigos, mas sou alguém que defendo o Poder e a Autoridade como forma de controlar as massas que facilmente são manipuladas para fazerem revoltas e distúrbios.

2 - Mesmo que eu fosse um socialista, ainda assim vejo que D. Pedro II teve muitas virtudes em seu governo, pois é fácil agora criticar D. Pedro II sobre fatos ocorridos no século XIX, quando vivemos no faz de conta do "politicamente correto".

3 - Hoje qualquer medíocre é contra a ESCRAVIDÃO. “Mas há séculos atrás, a mentalidade vigente e o chamado “espírito da época” induzia as pessoas a acharem isso “normal". De fato eu sou contra a escravidão étnica. Nenhum povo deve ser escravizado por causa de sua condição étnica. D Pedro II deu passo firme para estabelecer a justiça social beneficiando os negros, rompendo com séculos de tradição da escravidão dos negros. Indo contra uma sociedade predominantemente agrícola e cuja mão de obra escrava era altamente necessária para manter os lucros dos negócios.

4 - Quanto ao fato de rebeliões serem sufocadas com força pelo governo de Dom Pedro II, considero isso como correto. No contexto da época esta visão democrática de "sentar a mesa para o debate" não era praticado nem aqui nem em qualquer lugar do planeta. Demais a democracia é demagoga, os líderes democratas não fazem o que é certo e o que é correto, fazem e falam o que a maioria quer ouvir, pois só assim alcança o PODER. Pasmem.. Razão porque não acho a democracia melhor que outras formas de governo como a MONARQUIA E A TEOCRACIA. Hoje com o governo populista do LULA quadrilhas e bandos sob a bandeira de movimento social fazem saques e roubam os bens do próximo e o governo não intervém. O MST é o CANGAÇO com nova roupagem. Eles de fato precisam de terra, melhor ainda " a sete palmos". Falta um D. Pedro II para acabar com esta desordem social. Dinheiro público para financiar bando armado. Lula financia a própria As Farc. Usar as forças nacionais para manter a ordem interna como vez D. Pedro II é legítimo, legal e moralmente correto.

5 - Por aprovar em boa parte as medidas de D. Pedro II não me acho perdido no século XIX, até porque os fundamentos da minha ideologia estão vinculados as idéias de milênios atrás, mas procuro compreender os erros comum de cada geração. Lembro-me que muitas igrejas e religiões aprovavam a escravidão de negros, inclusive a igreja católica, igrejas protestantes e seitas cristãs como as testemunhas de Jeová que em seu periódico 'WACHTOWER" dizia na época: "Os irmãos negros devem sentar no fundo do salão ou nas galerias, até porque tem mais dificuldades para entender os ensinamentos". D. Pedro II, quebrou no Brasil uma tradição secular de todos os povos que manter negros escravos era normal. Então ele esteve a frente do seu tempo.

6 - Quanto aos números apresentados pelo inteligentíssimo colega Rinque, não sabia desses dados, é também compreensível que o Brasil e o mundo não tinham as facilidades de transporte e impressão de material didático e mesmo estrutura financeira do erário público para bancar a educação em todos os níveis. Isso vem ocorrendo ao longo dos séculos. Na Idade Média havia muitos reis e monarcas que eram analfabetos. Portanto esta evolução social da disseminação do conhecimento vem sendo implantada na humanidade paulatinamente. Não tinha nem como exigir de D. Pedro II, os mesmos números estatísticos dos percentuais da atualidade.

7 - Se na época de D. Pedro II, as escolas do norte do país eram vistas como más, isso não mudou muito em dezenas de governos que sucederam a DOM PEDRO II. Os políticos brasileiros e em especial do Norte, Nordeste continuam "exploradores" da miséria nordestina. Além, é claro, das dificuldades geográficas da região amazônica e do semi-árido nordestino. Também é de praxe da humanidade melhorar a infra-estrutura dos grandes centros urbanos (onde há mais pessoas para votar) e também no entorno da capital federal, os investimentos são mais abundantes.

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cometário de Valdmeir a postagem de Irani:

Gostei da sua postagem Irani, como foquei meu estudo sobre D Pedro II em sua educação achei interessante este dado que você levantou sobre a Educação do nosso Imperador, e a peculiaridade de que o mesmo estudava das 6:00 da manhã até as 22:00 horas. Esta aceleração na educação dele visava prepará-lo para o governo do País ainda com 14 anos.

Outro dado interessante que você trouxe a tela foi o fato de D. Pedro II ter recusado a pensão do governo brasileiro. Não o vejo como um canalha, mas um dos poucos homens de bens que governaram este país. O fato é que em matéria de política quem esta na oposição sempre é antagonista e é do contra, procura falhas e defeitos no governo não para consertar, mas para denegrir a imagem alheia e quem sabe subir no poder. Por isso sou contra golpes, revoltas, revoluções, por trás de quase todos estes atos se encontrar a ambição de outros, que são piores que os atuais.

Um comentário:

  1. Os ataques aqui proferidos ao Imperador só reforçam o fato de que ele , na qualidade de Imperador constitucional não podia ir contra um congresso que aprovava a escravidão, por mais que ele a desprezasse com todas as suas energias. Usou sempre sua influencia para contrabalançar as forças mantenedoras da escravidão e envidou esforços na mudança do modo de produção e economia do Brasil através da industrialização, com trabalho assalariado, transporte ferroviario, comunicações. Todo esse trabalho cessou com a república e a tomada do poder pelas oligarquias escravocratas cafeeiras e o Brasil passou os proximos 40 anos plantando café em São Paulo! Perguntar onde estava esse homem , quando no Brasil existia injustiça social, é ser simplista e amador. SE no Brasil existia uma força contra a desigualdade , era ele, que num seculo onde o mundo tinha absoluto descaso pelo ser humano, recebia duas vezes por semana, pessoalmente, qualquer pessoa que se apresentasse para ve-lo, em seu palacio, um casarão desprovido de luxos e decorações suntuosas. A Republica soube gastar milhoes em demonstração de riqueza, nos palacios, comitivas de viagens de presidentes, casas de Dindas, cartões de credito ilimitados, alfandegas liberadas, enfim rios de dinheiro, enquanto que a ele, criticavam por nao consertar sua carruagem, e deixa-la com o estofamento roto e visivelmente decrépita. Ao que ele respondia: "Temos coisas mais importantes a fazer com o dinheiro nesse país, do que comprar carruagens novas..."

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