terça-feira, 24 de março de 2009

ANTROPOFAGIA NO BRASIL

Em 1554 um alemão foi capturado por índios brasileiros e depois milagrosamente, depois de orar muito a Deus, conseguiu ser libertado e voltou para a Alemanha, onde escreveu um livro contando sua aventura incrível no Brasil recém-descoberto. Vejamos o que diz o site www.virtualbooks.terra.com.br/doc_historicos/doc_historicos_
carta.htm:




“Imaginem ser capturado no Brasil do século 16 por
um aborígine chamado Nhaepepô-açu ,”Panela Grande”,
e, pior ainda, ser dado em seguida de presente a
um outro, de nome Ipirú-guaçu, o “Tubarão grande”!
Nada de esperançoso, pois, aguardava o pobre Hanz
Staden, um alemão do Hesse que, embarcado para cá,
caíra aprisionado pelos tupinambás, no ano de 1554.
Não satisfeitos em ameaçar devorá-lo a qualquer instante,
os seus captores, depois de terem-no levado
para a aldeia deles em Ubatuba, arrastavam-no para
que presenciasse as cerimônias antropofágicas que
realizavam. Certa vez, carregaram-no até a aldeia de
Tiquaripe, perto de Angra dos Reis, para ver um dos
seus inimigos ter a cabeça esmagada pelo ibirapema,
o tacape de execuções. Logo em seguida, assistiu os
restos do bravo serem rapidamente deglutidos pela
tribo inteira, embriagada previamente com licor de
raízes de abatí ... Staden, além de banir do seu relato qualquer menção
à zoologia fantástica, pediu a um conhecido seu do
Hesse, um tal de Dryander, que assegurasse a veracidade
do conteúdo do livro. O alemão, “ébrio de um
sonho heróico e brutal”, viera a dar com os costados
no Brasil para satisfazer seu gosto pela aventura, para
ver de perto as maravilhas que escutara na Europa
sobre o Novo Mundo descoberto ... “

SÉCULO XX - DÉCADA DE 70

Carta Renúncia de Jânio Quadros


"Fui vencido pela reação e assim deixo o governo. Nestes sete meses cumpri o meu dever. Tenho-o cumprido dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções nem rancores. Mas baldaram-se os meus esforços para conduzir esta Nação pelo caminho de sua verdadeira libertação política e econômica, a única que possibilitaria o progresso efetivo e a justiça social a que tem direito seu generoso povo. Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa da colaboração.

Se permanecesse, não manteria confiança e tranqüilidade, ora quebradas, indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo que não manteria a própria paz pública.

Encerro assim com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes, para os operários, para a grande família do Brasil, esta página da minha vida e da vida nacional. A mim não falta a coragem da renúncia.

Saio com um agradecimento e um apelo. O agradecimento é aos companheiros que comigo lutaram e me sustentaram dentro e fora do governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exemplar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade. O apelo é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e da estima de cada um dos meus patrícios para todos e de todos para cada um.

Somente assim seremos dignos deste país e do mundo. Somente assim seremos dignos de nossa herança e da nossa predestinação cristã. Retorno agora ao meu trabalho de advogado e professor. Trabalharemos todos. Há muitas formas de servir esta pátria.

Brasília, 25 de agosto de 1961.


Jânio Quadros.

APÓS ESTA CARTA, JANIO QUADROS RENUNCIA O GOVERNO DO BRASIL E VAI PARA O EXÍLIO



FAÇO AS SEGUINTES COMPARAÇÕES ENTRE A CARTA DE JANIO QUADROS E GETÚLIO VARGAS:


EMOÇÃO

Nos dois casos, há uma forte carga de emoção, até porque os personagens em tela ( GETÚLIO VARGAS E JÂNIO QUADROS) estavam tomando decisões importantes, não somente na vida deles com consequências para o destino do Brasil. Ademais, tanto na carta testamento de Getulio como na carta Renúncia de Jânio, tais escritas precediam um ato angustiante dar fim ao mandato de presidente da República.

PRESSÃO

Ambos demostram nas entrelinhas que estão sofrendo grande angústia por não conseguirem realizar o governo como pretendiam, acusam que estão tomando esta atitude por causa de interesses estrangeiros e internos que gladiam contra os interesses populares, todavia, tanto Getulio quanto Jânio não dão nomes aos autores dos seus tormentos, mas em Getúlio há um tom de firmeza, de que é destemido, se mostra abnegado, sem recentimentos, há até similaridades com a obra de Cristo, quando Getulio oferece perdão aos seus inimigos e dedica o seu sangue para "salvar" a união nacional. Jânio, por sua vez, parece amedrontado e acena para as forças armadas, dando a entender que esta com medo de represálias futuras.

APELO NACIONAL

Estas cartas à nação tem o intuito de demonstrar amor a pátria e aos brasileiros e que a saida da presidência é uma demonstração de que esão fazendo isso visando o bem estar da nação, talvés para evitar uma desintegração nacional. Jânio se dirige aos brasileiros como A GRANDE FAMÍLIA.

SARNEY

SARNEY

Poeta, presidente da republica, senador, patife.

Quando presidente da república tinha um jargão todas as vezes que ia começar um discurso e começava assim: “brasileiros e brasileiras...”

Chegou a presidência da republica ao fazer parte da chapa de candidato a vice-presidente de Tancredo Neves, este foi eleito pelo colégio de deputados como presidente da republica apos a era dos militares, mas nunca chegou a governar, pois assim que foi eleito, foi acometido de uma doença misteriosa que rapidamente acabou com sua vida



Segundo a macumbeira “Mãe Menininha”, Sarney era freqüentador do seu terreiro e que fez um grande “trabalho” para ajudar Sarney a chegar no cargo de presidente. Seu governo foi desastroso, era uma época de inflação galopante, na década de 80 tínhamos que conviver com sua figura típica de grande bigode, usando óculos e sempre com aparência serena aparecendo na televisão para justificar seus fracassos e anunciar novas medidas econômicas.

Quando presidente já chegou a viajar com uma comitiva “imperial” com 200 membros!!!
Mas o ser humano tem uma inclinação para o mal e especialmente os nordestinos conseguem elegerem os seus piores representantes para desonrarem aquela região tão sofrida do Brasil.

2009 foi um marco em sua biografia, vários “podres”da sua vida foram expostos na mídia, mas o povo sempre teve sua participação nestas desgraças nacionais, e não somente elegeram Sarney varias vezes como também membros do seu clã, assim o povo maranhense mostrou a nação que eram escravos e tinham donos

Como eu estava dizendo em 2009, vimos o “nobre senador” sendo flagrado em conversas telefônicas arranjando emprego até para o namorado da neta... Manda o vagabundo estudar e prestar concurso publico!!! Olha que o salário não era estas coisas toda não eh?! Cerca de 6 salários mínimos.

Sem falar nos Atos Secretos do Senado, que tomavam decisões “impublicaveis”, passando a “perna” em toda a nação, foram cerca de 600 atos secretos e Sarney estava por trás disso. O mesmo Sarney desculpou-se e disse que não era o único presidente do senado que fazia uso deste expediente... Lógico Sarney, que você não é o primeiro e nem será o ultimo que enganará esta nação.

SÉCULO XXI

MUDANÇA DE CLASSE


PALOCCI

Não tenho afinidades com as ideias do Marxismo-comunista, pois atrás destas revoluções estão sempre imbutidas as ambições de certos indivíduos que ao chegarem no poder, serão iguais ou piores aos seus antecessores.

Os comunistas russos em nome da revolução derramaram muito sangue desnessáriamente, homens medíocres se auto promoveram, fazendo estátuas para se auto divinizarem, nada melhor do que ter visto as estátuas de Lenin, e Stalin sendo derrubadas.

No Brasil, ficou a mesma coisa: o nosso mini-marxista, "Lula" e o seu partido vermelho ficaram anos pregando revolução social e de classes, mas para mim, só mudaram os nomes da "escória", de Maluf, Antonio Carlos Magalhães e Inocêncio de Oliveira para José Dirceu, Valério, Palocci e Lula.

VIVA A REVOLUÇÃO PESSOAL !!!!





PRESIDENTE LULA

LUIS INÁCIO LULA DA SILVA, NASCEU EM CAETÉS, ESTADO DE PERNAMBUCO NO DIA 27/12/1945, TORNOU-SE PRESIDENTE DO BRASIL DESDE 1o DE JANEIRO DE 2003. ORIGINALMENTE SEU NOME NÃO TINHA "LULA", FOI UM NOME INCORPORADO PARA SER USADO POLITICAMENTE.

LULA FOI METALÚRGICO NO GRANDE ABC EM SÃO PAULO E UM DOS FUNDADORES DO PARTIDO DOS TRABALHADORES. EM 1990 JUNTAMENTE COM FIDEL CASTRO DE CUBA, FUNDOU O FORO DE SÃO PAULO PARA AGREGAR OS MOVIMENTOS DE ESQUERDA NA AMÉRICA LATINA.



CAMPANHAS PARA PRESIDENTE

EM SUAS CAMPANHAS POLÍTICAS ELE DISPUTOU:

1989 - PERDEU PARA FERNANDO COLLO DE MELO
1994 - PERDEU PARA FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
1998 - PERDEU PARA FERANNDO HENRIQUE CARDOSO
2002 - GANHOU DE JOSE SERRA
2006 - GANHOU DE GERALDO ALCKMIN



LULA FOI O BRASILEIRO QUE MAIS SE CANDIDATOU A PRESIDENTE DA REPÚBLICA, SUPERANDO RUI BARBOSA QUE HAVIA SE CANDIDATADO 4 VEZES.

INDICE DE PRODUTIVIDADE

O governo Lula em 2009 ameaçou confiscar as terras de produtividade que não correspondam as índices estatais, fazendo isso para que as terras possam ser entregue aos criminosos do MST (Movimento dos Sem-Terra). O pequeno produtor se sente ameaçado pelo governo de que se não produzir na quantidade estipulada pelo governo, suas terras podem ser tomadas para fazerem parte da reforma agrária.

Lula sempre esteve ao lado dos criminosos, governando o Brasil para sempre garantir os direitos dos invasores, sejam invasores externos como o Presidente da Venezuela HUGO CHAVES ou os invasores das terras dos brasileiros como o MST.

O governo não leva em conta as intempéries climáticas, as dificuldades de financiamento para a produção e nem mesmo vontade do proprietário de produzir o que quiser e quando quiser, não respeitando o direito a propriedade que é garantido pela Constituição.

O editorial da Rede Bandeirantes de Radio e TV emitiu um comunicado demonstrando a insatisfação daquele órgão de comunicação com a atitude do presidente. Isso mostra que Lula carrega consigo suas origens anárquicas do tempo em que promovia badernas no ABC

A QUEDA DE FERNANDO COLLOR DE MELO

VIVI NO PERÍODO DO PRESIDENTE COLLOR DE MELLO. VI COM EMPOLGAÇÃO A EXPECTATIVA DA SOCIEDADE BRASILEIRA EM TER COMO PRESIDENTE UM HOMEM QUE TINHA TODAS AS CARACTERÍSTICAS PARA TIRAR O BRASIL DO ATRASO.

ELE TINHA O TIPO DE SUPER-HEROI, CONSIDERADO BONITO, JOVEM, INTELECTUAL, DE FAMILIA TRADICIONAL, MAS VINDO DA SOFRIDA REGIÃO DO NORDESTE, BEM FALANTE E COM UMA METEÓRICA CARREIRA POLÍTICA QUE FICOU CONHECIDA PELA “CAÇA AOS MARAJÁS”.

EM MEIO A UMA CAMPANHA POLÍTICA DO TIPO QUE CRIOU COMOÇÃO NACIONAL, GANHOU AS ELEIÇÕES CONTRA O MAIOR SÍMBOLO VERMELHO DA EXTINTA UNIÃO SOVIÉTICA, O EVENTUAL CONSPIRADOR DA NAÇÃO BRASILEIRA, LULA, A “ESTRELA VERMELHA”.




LOGO QUE ASSUMIU O PALÁCIO DA ALVORADA, ENTRANDO PELA PORTA DA FRENTE, COLLOR TOMOU ATITUDES IMPOPULARES E RADICAIS VISANDO COMBATER O GRANDE VILÃO DO BRASIL DURANTE A DÉCADA DE 80, A INFLAÇÃO.

AS POUPANÇAS FORAM CONFISCADAS, OS PREÇOS CONGELADOS O DINHEIRO CONTROLADO, MAS O GIGANTE DA INFLAÇÃO NÃO CONSEGUIU SER DOMANO...

COLLOR GOVERNAVA COM O CORAÇÃO, MAS TAMBÉM COM A ARROGÂNCIA DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS E DESPREZAVA O INIMIGO PÚBLICO NÚMERO UM: “O CONGRESSO NACIONAL”, OS ETERNOS ESCANDALOS DE MARACUTAIS DOS DEPUTADOS SÃO FONTES INESGOTÁVEIS INSPIRADORAS DOS HUMORISTAS.

MAS O CONGRESSO É UM PODER CRIADO PELA DEMOCRACIA, É CONSTITUCIONAL E LEGAL, E O FERNANDO COLLOR DEVERIA SABER QUE NÃO ERA SABIO DESDENHAR DAQUELES QUE TINHAM PODERES PARALELOS AO DO PRESIDENTE, AINDA QUE EM OUTRA ESFERA.

UMA SIMPLES REFORMA NO JARDIM E UM CARRO DESPROVIDO DE TECNOLOGIA INOVADORA, ATÉ PODEMOS CLASSIFICÁ-LO DE FEIO: UM FIAT ELBA. ESTES FORAM OS ELEMENTOS QUE LEVARAM A QUEDA DE COLLOR.

SE O TESOUREIRO DO SEU PARTIDO, O PAULO CÉSAR FARIAS TINHA UMA SOBRA DE CAIXA DE CAMPANHA, ISSO É CAFÉ PEQUENO PERTO DO QUE O CONGRESSO FAZ COM O DINHEIRO PÚBLICO, COM APROVAÇÃO ORÇAMENTÁRIA LEGAL!!!!

O CONGRESSO TEM O PODER DE TORNAR O IMORAL LEGAL! ESTE PODER O COLLOR NÃO PODIA DESPREZAR. EU LI O LIVRO BIOGRÁFICO DE COLLOR E PERCEBE-SE QUE O JORNALISTA QUE ESCREVEU O LIVRO VIVIA NOS MEADROS DO PODER E ESTE DEMONSTRA QUE O ERRO DE COLLOR FOI DESPREZAR OS DEPUTADOS, NEM NA ÚLTIMA HORA O COLLOR FOI CAPAZ DE OFERECER UMA BARGANHA, CARGOS, VANTAGENS E OUTROS MEIOS “POLITIQUEIROS” PARA QUE FOSSE EVITADA SUA CASSAÇÃO.

COLLOR CONFIOU TAMBÉM NO POVO, E AS MASSAS NÃO SÃO CONFIÁVEIS, UM GRITO NO MEIO DA MULTIDÃO E A “MANADA” PODE DEBANDAR PARA UM LADO E NÃO TEM QUEM CONSIGA DETER UM ESTOURO DE BOIADA.

A IMPRESSA, O CONGRESSO INCITOU O POVO E O POVO INFLAMADO FORAM AS RUAS PEDIREM O IMPECHEMANT.

COLLOR FOI EXPULSO E ESCORRAÇADO DO PALÁCIO DA ALVORADA, ESQUECIDO PELOS SEUS PARTIDÁRIOS PORQUE NA POLÍTICA NÃO DÁ PARA TRILHAR UMA CARREIRA SEM “COMPARSAS”, OU “COMPANHEIROS”.

CERCA DE DEZ ANOS DEPOIS, LULA, A “EX-ESTRELA VERMELHA”, NÃO MAIS REPRESENTAVA UM PERIGO PARA O OCIDENTE CAPITALISTA. LULA APRENDEU A SER MAIS NEOLIBERAL QUE OS PMDBISTAS. LULA APRENDEU QUE NÃO É COM IDEAIS RADICAIS QUE SE ESTABELECE O PODER, MAS COM PACIÊNCIA, CONVERSA, DIÁLOGO, SUPORTANDO AFRONTAS E COM HUMILDADE QUE O PODER É MANTIDO.

PELO MENOS EU VI NA HISTÓRIA DO LULA 100 VEZES MAIS ESCANDALOS ENVOLVENDO O SEU GOVERNO DO QUE O GOVERNO DE COLLOR, MAS AS PESQUISAS DE OPINIÃO SEMPRE APONTAVAM A POPULARIDADE DO PRESIDENTE AUMENTANDO.

O CHURRASQUEIRO DO PRESIDENTE ESTAVA ENVOLVIDO EM MAZELAS, O IRMÃO DO PRESIDENTE ENVOLVIDO EM EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIOS, O CHEFE DA CASA CIVIL EM CORRUPÇÃO, O PARTIDO ESPESTIADO DE BANDIDOS, TODOS EM VOLTA DO PRESIDENTE ESTAVAM SUJOS E CHEIRANDO A FOSSA, MESMO ASSIM O PRESIDENTE LULA DISSE: “EU NÃO SABIA”. E AINDA ASSIM, NEM MESMO SE COGITOU A SUA CASSAÇÃO DE PRESIDENTE...

O TOTALITARISMO E ARROGANCIA DE COLLOR O DERRUBARAM, AO CONTRÁRIO DO LULA, QUE SUPORTOU AFRONTAS INTERNAS E EXTERNAS COMO OS LOUCOS APRENDIZES DE DITADORES DA SUB-AMERICA DO SUL, LULA SOUBE ABRAÇAR OS INIMIGOS E TRAZÉ-LOS PARA O SEU LADO.

A HISTÓRIA QUE NOS FOI PASSADA É QUE O GOVERNO COLLOR FOI MAIS HONESTO QUE O GOVERNO DE LULA. MAS NÃO BASTA SOMENTE SER HONESTO PARA TER ÊXITO NA POLÍTICA.

HISTORIAS DE IMIGRANTES NO SÉCULO XIX

Muitos europeus e asiáticos imigraram para o Brasil visando uma vida melhor do que na sua terra natal, a migração é sempre um desafio e uma tristeza, porque por mais que se consiga êxito financeiro, fica a dor da saudade dos parentes e amigos deixado em sua pátria. Leia a história de um francês que se mudou para o Brasil para trabalhar como engenheiro:





Barbacena, 17 de outubro de 1877.
Meu bom irmão Léon.
No dia 6 do corrente mês, eu te escrevi uma longa carta em reposta à tua
carta do dia 1º de setembro e eu inclui um retrato meu tirado em agosto de
1876 lamentando muito não ter podido te enviar ainda os retratos da minha
família, por falta de um fotógrafo que passe por aqui.(...). Chegado ao
Rio, sem nenhum recurso, foi-me necessário encontrar os meios de poder
me transportar para o interior da província de Minas, à procura de um emprego
como engenheiro numa mina de ouro, e da qual me haviam falado
em Paris, na embaixada do Brasil.(...). Enfim após ter perambulado durante
2 anos, e vendido pouco a pouco a roupa que eu havia trazido da França,
encontrei-me no fim dos meus recursos, e cada vez mais com uma forte
inflamação no fígado. Eu achei uma casa caridosa que me tratou, e em
troca, durante meu tratamento, eu ensinava a ler e a escrever, à criança
da casa, o que me valeu um transporte gratuito até Sabará, com algumas
camisas que me havia dado, a dona da casa. Enfim chegado a Sabará,
cidade bastante importante, eu comecei a dar aulas de francês, inglês,
química, física, matemática e alemão(...),Propuseram-me atravessar um
terreno frequentado por selvagens antropófagos que diziam negros, e que
tinham recusado com raiva todas as tentativas feitas para penetrar nas
suas florestas.(...). Logo sou assaltado pelos Nak-Nanukes ( habitantes
das montanhas ) e pertencentes a grande família dos Botocudos, selvagens
nômades, antropófagos e muito ferozes. Eu tinha um intérprete que
lhes faz compreender que não lhes quero nenhum mal, e que eu lhes trazia
presentes(...). Eles são negros, é verdade, quando eles estão em guerra ou
na caça, porque eles se pintam o corpo com a fruta do Jenipapo ( Genipa
Brasiliensis ), uma rubiácea, o que lhes impede de ficar muito a vista no
meio dos tufos de árvore.
Eles estão inteiramente nus, homens e mulheres, e não se dignavam mesmo
a esconder a nudez com fizeram Adão e Eva. Eu era o primeiro homem
que eles viam, por isso quantas exclamações vendo nossas vestimentas,
nossas armas, nossos víveres, que eles não conheciam, e sobretudo o sal
que os obrigava a raspar a língua, e a gritar ( muguang - Krok ) água de
fogo. Apesar de que estas damas estejam inteiramente nuas, elas acharam
apesar disso um meio de dar curso à sua vaidade, que ao que parece,
é inerente a humanidade. (...) Quando nos salões dourados, eu vejo nobres
damas, e belos senhores, se entregarem ao prazer de um galope, eu imagino
a dança dos selvagens, e sua cadência, e eu tenho vontade de rir.
Mas é preciso partir e eu estou apenas no começo da minha viagem. Mas,
por qual lado tomar? (...)Eu subo o Jequitinhonha ( ? ) costeando um caminho
aberto pelos Botocudos Krekmas, e no final de 18 meses de uma
viagem cheia de perigos, de privações de todos os gêneros, eu chequei a
Ouro Preto ( ? ) capital da província, onde o presidente ficou muito contente
com o meu trabalho, e me fez elogios oficiais que conservo para meus
filhos..(...)
Tu me fizeste tremer na sua boa carta quando tu me dizias que tu tinhas
vontade de partir comigo! Deus preserve meu maior inimigo de sair de
seu pais, de perder de vista seu campanário, pois não é somente a terrível
nostalgia que nos apunhala, é a comparação que vos torna infeliz, e se tem
a ocasião de faze-la diariamente. Infeliz fora de seu pais, o seria na nossa
pátria, e não poderia mais nada em lugar nenhum, e é isso que me acontece.
É preciso entretanto que eu termine esta carta já longa e que me deu
muita dor por causa da dificuldade que eu tenho de escrever. (...)Eu teria
querido publicar todas as minhas viagens e as descobertas que eu fiz, mas
eu não tenho mais energia e esta carta já me cansou muito. Talvez meus
filhos acharão algumas notas minhas, das quais eles poderão aproveitar.
Eu vivo então mais ou menos o dia a dia, mas eu vivo e eu tentarei a cura
de um outro louco quando eu tiver curado aquele que eu tenho atualmente
em casa.
Ainda uma vez, eu abraço minhas irmãs e minhas cunhadas, e sou teu
irmão que te ama.
Victor Renault

ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

O Brasil decretou a abolição da escravatura ainda no regime monárquico, tendo sido um avanço social, principalmente porque a escravidão era baseada em preceitos raciais, ou seja, os negros e índios eram os elementos humanos objetos da escravidão.

Eu sou a favor da escravidão com forma punitiva para criminosos, nisto discordo da atual Constituição Federal, acho que ESCRAVIDÃO, BANIMENTO E PENA DE MORTE são remédios sociais para extirpar o mal da sociedade. Mas como já disse, abolir a escravidão racista foi uma evolução.












Lei nº 3.353, de 13 de Maio de 1888.

DECLARA EXTINTA A ESCRAVIDÃO NO BRASIL
A PRINCESA IMPERIAL Regente em Nome de Sua Majestade o Imperador
o Senhor D. Pedro II, Faz saber a todos os súditos do IMPÉRIO que a Assembléia
Geral Decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:
Art. 1º - É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.
Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário.
Manda portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução
da referida Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar
tão inteiramente como nela se contém.
O Secretário de Estado dos Negócios d’Agricultura, Comércio e Obras Públicas
e Interino dos Negócios Estrangeiros Bacharel Rodrigo Augusto da
Silva do Conselho de Sua Majestade o Imperador, o faça imprimir, publicar
e correr.
Dado no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de Maio de 1888 - 67º da Independência
e do Império.
Carta de Lei, pela qual Vossa Alteza Imperial manda executar o Decreto
da Assembléia Geral, que Houve por bem sancionar declarando extinta a
escravidão no Brasil, como nela se declara.
Para Vossa Alteza Imperial ver.



SÉCULO XX - DÉCADA DE 60

Carta-testamento de Getúlio Vargas


24 de agosto de 1954.


Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadeiam sobre mim.


Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao Governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculizada até o desespero. Não querem que o trabalhado, seja livra. Não querem que o povo seja independente.


Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores de trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançaram até 500% ao ano. Na declaração de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder.


Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a um pressão constante incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para uma reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão. E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória, Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate.


Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. 0 ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha mede. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.



COM ESTA CARTA GETÚLIO VARGAS SE DESPEDE DO MUNDO E DOS BRASILEIROS E EM SEGUIDA SUICÍDA-SE.

SÉCULO XX - DÉCADA DE 30

A PRIMEIRA REPÚBLICA E A EDUCAÇÃO

Observando os fatos históricos que vão do final do século XIX até a década de 30, no Brasil, vemos nascer um florescente interesse das classes políticas e intelectuais por uma nova ideologia educacional visando alavancar o Brasil no cenário mundial como um país que estaria disposto a despontar como potência na América Latina e acertadamente resolveram investir na educação de base, democratizando o ensino primário para as classes menos favorecidas.

Uma das forças motrizes que teve ideais visionários nesta época foi a ABE que significa Associação Brasileira de Educação , instituição fundada em 15 de outubro de 1924 por Heitor Lyra da Silva. Com sede na Cidade do Rio de Janeiro, é uma Sociedade Civil, sem finalidade lucrativa, de Utilidade Pública (Federal e Estadual ) apartidária e pluralista, até hoje ela esta em atividade, caminhando para um século em prol da educação dos brasileiros.

Em nosso estudo de História da Educação lemos o texto de Marta Maria Chagas de Carvalho lembrando a participação da ABE no desenvolvimento educacional do Brasil:

‘qualquer teoria de governo ou qualquer solução político-institucional
passava pelo reconhecimento do pressuposto
fundamental da economia política – a fábrica como
ideal civilizatório da sociedade’. (...)Ensino técnico,
métodos pedagógicos ‘modernos’, dispositivos de seleção
de ‘aptidões’ e de encaminhamento profissional
são alguns dos signos que possibilitarão observar
a redefinição da escola operada pela ABE, segundo
o paradigma da fábrica.‘’ (CARVALHO, Marta Maria
Chagas de. 1998. p. 28)




No texto acima vemos que a escritora cita o “paradigma da fábrica”, uma referência a era industrial, que também contribuiu para uma maior aceleração no processo de ampliar a educação de base no Brasil.

A Liga de Defesa Nacional foi outra instituição da época que ajudou a fomentar ideais nacionalistas que impulsionaram as políticas públicas na área da educação. A LDN foi fundada em 1916, visando a integridade nacional. Esta instituição foi fundada pelo honroso Olavo Bilac, em seus discursos pelo Brasil, ele inflamava a necessidade de cultivar a educação de base e ter escolas profissionalizantes ao lado de cada quartel.

No início do século XX o Brasil, como sociedade e governo entenderam que era hora de priorizar a educação em todos os níveis sociais para conseguir colocar a nação entre os países industrializados, pois as fábricas requeriam operários com o mínimo de qualificação para operar as máquinas

SÉCULO XX - DÉCADA 10

SÉCULO XX - DÉCADA DE 20

Acho que a ABE constribuiu com a educação de base no Brasil, e não poderiamos pensar na década de 20 em "alta tecnologica" e ensino superior, quando a maioria da população era analfabeta. É óbvio que o conhecimento técnico naquele momento da história era importante e o Brasil procurou acompanhar as grandes nações através de uma educação que preparasse o povo a operar as máquinas, daí em falar em distribuição de renda...é outro universo!!!

Mas este é o caminho do desenvolvimento, primeiro o conhecimento, depois o poder de barganha. Os Estados Unidos no início do século XX e porque não dizer até hoje concedia cidadania a cidadães alemães que tinham conhecimento e eram recebidos de braços abertos pelos americanos. Von Braun, pais dos foguetes e outros cientistas alemães barganharam com os americanos a tecnologia que detinham.

No incío do século XX o Brasil vinha lá atrás da fila, mas esta buscando seu espaço entre as nações.

DOM PEDRO II

BIOGRAFIA DE D. Pedro II
(1825-1891)

SUA VIDA

Pedro de Alcântara João Carlosn Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga.
Nascido em 02/12/1825, no Rio de Janeiro, no palácio da Quinta da Boa Vista, era o sétimo filho de D. Pedro I com a Imperatriz Maria Leopoldina, sua mãe morreu quando ele tinha um ano de idade, sendo o terceiro na linha de sucessão ao trono do Brasil. Mas com seus irmãos mais velhos morreram, ele tornou-se o legítimo herdeiro do trono. Aos seis anos foi aclamado segundo Imperador do Brasil e aos 15 anos assumiu o trono. Com 18 anos casou-se com princesa Italiana de Nápoles, do reino das duas Sicílias, Teresa Cristina Maria de Bourbon. Teve quatro filhos, mais dois deles morreram, restando somente as duas filhas Leopoldina e Isabel.


EDUCAÇÃO DE DOM PEDRO II

EDUCAÇÃO
Com cinco anos de idade seu pai abdicou do trono e D. Pedro II ficou no Brasil sob a tutela de José Bonifácio e depois de Manuel Inacio Souto Maior, marquês de Itanahém. Foi educado por uma camareira chamada Mariana Carolota de Verna Magalhães Coutinho, que mais tarde recebia o título de Condessa de Belmonte.

Os grandes mestres do seu tempo foram os seus professores, se tornando um grande intelectual com formação educacional em português e literatura, francês, inglês, alemão, geografia, ciências naturais, música, dança, pintura, esgrima e equitação.
Segundo o PROF. LOURENÇO WIZ LACOMB, D. Pedro II teve como professor de catolicismo, latim e matemática o frei carmelita Pedro de Santa Mariana, que tornou-se posteriormente bispo de Crisópolis.







Eram um homem interessado pelas artes e pelas ciências, sendo um protetor dos intelectuais e escritores. Seus conhecimentos não advinham somente de estudos de livros ou de aulas didáticas. D. Pedro II, mesmo com as dificuldades de transportes da época viajou pelo Brasil, em viagem que chegaram a demorar 6 meses, além de visitar muitos países do mundo, até a longínqua Rússia. Tudo isso foi formando a personalidade e o caráter do nosso genial Imperador.

D. Pedro II mantinha contato com os cientistas da época, trocando correspondência e quando viajava muitas vezes procurava os escritores e estudiosos em vez dos monarcas. Entre seus amigos da Europa estava Pasteur e Gobineau.



Depois que foi expulso do país e passou a morar na Europa, vivia freqüentando espetáculos e dando palestras, derramando da sua sabedoria sobre a platéia que o ouvia atentamente.

“O ilustre governante passou à história como um intelectual, apreciador da ciência, das artes e da liberdade de informação e como homem tolerante, aberto ao diálogo e às transformações da vida social” (http://www.e-biografias.net/biografias/dompedro_ii.php)

“Na Europa, viveu em Cannes, Versailles e Paris, onde participa de palestras, conferências e espetáculos de arte”.( http://v2.temdica.com.br/criancas/58-biografia-de-dom-pedro-ii-.html)

sempre incentivando intelectuais e escritores. Durante o seu reinado, excursionou pelo Brasil e visitou diversos lugares do mundo, como a América do Norte, a Rússia, a Grécia, o Egito e a Palestina. Nestas visitas sempre buscava trazer inovações tecnológicas para o país, como a câmera fotográfica, onde os registros de suas viagens se tornaram preciosidades históricas. (http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u151.jhtm)



RECONHECIMENTO PELOS SEUS CONTEMPORÂNEOS

Entre os contemporâneos do meio intelectual que admiravam o imperador-filósofo podemos citar os nomes do biólogo Charles Darwin, do escritor americano Henry Longfellow, do cientista Louis Pasteur, do músico e compositor Richard Wagner e do poeta italiano Alexandre Manzoni, entre os que o elogiaram.
Na opinião do escritor Victor Hugo, Dom Pedro era "o neto de Marco Aurélio", ou seja, a perfeição dos imperadores;

O primeiro-ministro da Inglaterra vitoriana, sir William Gladstone: "Dom Pedro II é um modelo para todos os soberanos do mundo, pelo seu zelo no cumprimento dos seus altos deveres..., é o que definiríamos como um bom soberano, um exemplo e uma bênção para sua nação".

O compositor Carlos Gomes, autor da ópera O Guarani (1870), certa vez admitiu publicamente: "se não fosse o imperador, eu não seria Carlos Gomes".(monarquia-ja.blogspot.com/2009/09/educacao-de...)



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Veja as determinações do Marques de Itanhaém para a educação de Dom Pedro II:
"Instruções para serem observadas pelos Mestres do Imperador
em sua Educação Literária e Moral"


Artigo 1

Conhece-te a ti mesmo. Esta máxima... Servirá de base ao sistema de educação do Imperador, e uma base da qual os Mestres deverão tirar precisamente todos os corolários que formem um corpo completo de doutrinas, cujo estudo possa dar ao Imperador idéias exatas de todas as coisas, a fim de que Ele, discernindo sempre do falso o verdadeiro, venha em último resultado a compreender bem o que é a dignidade da espécie humana, ante a qual o Monarca é sempre homem, sem diferença natural de qualquer outro indivíduo humano, posto que sua categoria civil o eleve acima de todas as condições sociais.

Artigo 2

Em seguimento, os Mestres, apresentando ao Seu Augusto Discípulo este planeta que se chama terra, onde nasce, vive e morre o homem, lhe irão indicando ao mesmo tempo as relações que existem entre a humanidade e a natureza em geral, para que o Imperador, conhecendo perfeitamente a força da natureza social, venha a sentir, sem o querer mesmo, aquela necessidade absoluta de ser um Monarca bom, sábio e justo, fazendo-se garbo de ser o amigo fiel dos Representantes da Nação e o companheiro de todas as influências e homens de bem do País.

Artigo 3

Farão igualmente os Mestres ver ao Imperador que a tirania, a violência da espada e o derramamento de sangue nunca fizeram bem a pessoa alguma...

Artigo 4

Aqui deverão os Mestres se desvelar para mostrarem ao Imperador palpavelmente o acordo e harmonia da Religião com a Política, e de ambas com todas as ciências; porquanto, se a física estabelece a famosa lei da resistência na impenetrabilidade dos corpos, é verdade também que a moral funda ao mesmo tempo a tolerância e o mútuo perdão das injúrias, defeitos e erros; essa tolerância ou mútuo perdão, sobre revelar a perfeição do Cristianismo, revela também os quilates das almas boas nas relações de civilidade entre todos os povos, seja qual for sua religião e a forma do seu governo...

Artigo 5

Lembrem-se, pois os Mestres que o Imperador é homem; e partindo sempre dessa idéia fixa, tratem de lhe dar conhecimentos exatos e reais das coisas, sem gastarem o tempo com palavras e palavrões que ostentam uma erudição estéril e prejudicial, pois de outra forma virá o seu discípulo a cair no vicio que o Nosso Divino Redentor tanto combateu no Evangelho, quando clamava contra os doutores que invertiam e desfiguravam a lei, enganando as viúvas e aos homens ignorantes com discursos compridos e longas orações, e se impondo de sábios, embora sendo apenas uns pedantes faladores.

Artigo 6

Em conseqüência os Mestres não façam o Imperador decorar um montão de palavras ou um dicionário de vocábulos sem significação, porque a educação literária não consiste decerto nas regras da gramática nem na arte de saber por meio das letras; em conseqüência os Mestres devem limitar-se a fazer com que o Imperador conheça perfeitamente cada objeto de qualquer idéia enunciada na pronunciação de cada vocábulo...

Artigo 7

Julgo, portanto inútil dizer que as preliminares de qualquer ciência devem conter-se em muito poucas regras, assim como as evidencias e doutrinas gerais. Os Mestres não gastem o tempo com teses nem mortifiquem a memória do seu discípulo com sentenças abstratas; mas descendo logo às hipóteses, classifiquem as coisas e idéias, de maneira que o Imperador, sem abraçar nunca a nuvem por sonho, compreenda bem que o pão é pão e o queijo é queijo.
Assim, por exemplo, tratando das virtudes e vícios, o Mestre de Ciências Morais deverá classificar todas as ações filhas da soberba distinguindo-as sempre de todas as ações opostas que são filhas da humildade. E não basta ensinar ao Imperador que o homem não deve ser soberbo, mas é preciso indicar-lhe cada ação, onda exista a soberba, pois se assim não o fizer, bem pode acontecer que o Monarca venha para o futuro a praticar muitos atos de arrogância e altivez, supondo mesmo que tenha feito ações meritórias e dignas de louvor, e isto por não ter, em tempo, sabido conhecer a diferença entre a soberba e a humildade.

Artigo 8

Da mesma sorte, tratando-se das potências e das forças delas, o Mestre de ciências físicas fará uma resenha de todos os corpos computando os grãos de força que tem cada um deles, para que venha o Imperador a compreender que o poder monárquico se limita ao estudo e observância das leis da Natureza... e que o Monarca é sempre homem e um homem tão sujeito, que nada pode contra as leis da Natureza feitas por Deus em todos os corpos, e em todos os espíritos.

Artigo 9

Em seguimento ensinarão os Mestres ao Imperador que todos os deveres do Monarca se reduzem a sempre animar a Indústria, a Agricultura, o Comércio, as Artes e a Educação; e que tudo isto só se pode conseguir estudando o mesmo Imperador, de dia e de noite, as ciências todas, das quais o primeiro e principal objeto é sempre o corpo e a alma do homem; vindo, portanto a achar-se a Política e a Religião no amor dos homens. E o amor dos homens é que é o fim de todas as ciências; pois sem elas, em vez de promoverem a existência feliz da humanidade, ao contrário promovem a morte.

Artigo 10

Entendam-me, porém os Mestres do Imperador. Eu quero que o meu Augusto Pupilo seja um sábio consumado e profundamente versado em todas as ciências e artes e até mesmo nos ofícios mecânicos, para que ele saiba amar o trabalho como principio de todas as virtudes, e saiba igualmente honrar os homens laboriosos e úteis ao Estado. Mas não quererei decerto que Ele se faça um literato supersticioso para não gastar o tempo em discussões teológicas como o Imperador Justiniano; nem que seja um político frenético para não prodigalizar o dinheiro e o sangue dos brasileiros em conquistas e guerras e construção de edifícios de luxo, como fazia Luís XIV na França, todo absorvido nas idéias de grandeza; pois bem pode ser um grande Monarca o Senhor D. Pedro II sendo justo, sábio, honrado e virtuoso e amante da felicidade de seus súditos, sem ter precisão alguma de vexar os povos com tiranias e violentas extorsões de dinheiro e sangue.




Artigo 11

Sobretudo, recomendo muito aos Mestres do Imperador, hajam de observar quanto Ele é talentoso e dócil de gênio e de muita boa índole. Assim não custa nada encaminhar-lhe o entendimento sempre para o bem e verdade, uma vez que os Mestres em suas classes respectivas tenham, com efeito, idéias exatas da verdade e do bem, para que as possam transmitir e inspirar ao seu Augusto Discípulo.
Eu não cessarei de repetir aos Mestres que não olhem para os livros das Escolas, mas tão somente para o livro da Natureza, corpo e alma do homem; porque fora disto só pode haver ciência de papagaio ou de menino de escola, mas não verdade nem conhecimento exato das coisas, dos homens, e de Deus.

Artigo 12

Finalmente, não deixarão os Mestres do Imperador de lhe repetir todos os dias que um Monarca, toda a vez que não cuida seriamente dos deveres do trono, vem sempre a ser vitima dos erros, caprichos e iniqüidades dos seus ministros, cujos erros, caprichos e iniqüidades são sempre a origem das revoluções e guerras civis; e então paga o justo pelos pecadores, e o Monarca é que padece, enquanto que seus ministros sempre ficam rindo-se e cheios de dinheiro e de toda sorte de comodidades. Por isso cumpre absolutamente ao Monarca ler com atenção todos os jornais e periódicos da Corte e das Províncias e, além disto, receber com atenção todas as queixas e representações que qualquer pessoa lhe fizer contra os ministros de Estado, pois só tendo conhecimento da vida pública e privada de cada um dos seus ministros e Agentes é que cuidará da Nação. Eu cuido que não é necessário desenvolver mais amplamente estas Instruções na certeza de que cada um dos Mestres do Imperador lhe adicionará tudo quanto lhe ditarem as circunstâncias à proporção das doutrinas que no momento ensinarem. E confio grandemente na sabedoria e prudência do Muito Respeitável Senhor Padre Mestre Frei Pedro de Santa Mariana, que devendo ele presidir sempre a todos os atos letivos de Imperador como seu Primeiro Preceptor, seja o encarregado de pôr em prática estas Instruções, uniformizando o sistema da educação do Senhor Dom Pedro II, de acordo com todos os outros Mestres do Mesmo Augusto Senhor".
Paço da Boa Vista no Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1838.
Marquês de Itanhaém










A ÚLTIMA VIAGEM
Quando descobriu o mundo, Pedro II não quis mais parar
(na foto de 1887, sentado entre a mulher e o neto Pedro
Augusto, que depois foi internado com esquizofrenia, ele
segue para a viagem derradeira como imperador). Em lugar
de chefes de estado, procurava seus ídolos: Wagner,
Victor Hugo, Manzoni







A MÍDIA GOLPISTA
Chamado de Rei Caju, por causa do queixo saliente, ou de Pedro Banana, em razão da sonolência provocada pelo
diabetes, o imperador era criticado tanto por jornais monarquistas quanto republicanos, em que grassava a
militância pela mudança de regime. Não se deixava abalar: "Os ataques ao imperador não devem ser considerados
pessoais"







O IMPERADOR-CIDADÃO
Pioneiro do daguerreótipo, o processo precursor
da fotografia, Pedro II fotografava e se
deixava fotografar. Usava sempre casaca;
coroa ou a farda imperial (como na tampa da
tabaqueira com alegoria indígena) só nas
grandes cerimônias de estado. Era um monarca
constitucional, por obrigação e convicção: "Jurei
a Constituição; mas ainda que não a jurasse
seria ela para mim uma segunda religião"









INFÂNCIA INFELIZ
Com 1 ano, o pequeno príncipe ficou órfão de mãe; aos 5 (como
aparece no retrato menor, do francês Arnaud Julien Pallière), o
pai voltou para Portugal, deixando-lhe o império do Brasil.
Casou-se aos 17, por procuração, com Teresa Cristina, uma
princesa vinda de Nápoles. Os dois filhos homens morreram; ficaram
as meninas: Isabel, a herdeira, e Leopoldina (o retrato da família
é de outro francês radicado no Rio, François-René Moreaux)







O IMPÉRIO DA SELVA
Dom Pedro II (em foto de 1883, com detalhe do cetro de
dragão alado): estadista tão singular quanto a experiência
monárquica no Brasil, tinha simpatias republicanas. "A
ocupar posição, preferiria a de presidente da República ou
ministro à de imperador", escreveu em seu diário

















Abaixo segue um debate entre universitários do curso de história da UNIMES de Santos sobre o GOVERNO DE DOM PEDRO II:

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POR: José Luiz Costa de Carvalho

Caro Professores,

No dia 2 de dezembro do ano de 1825 no Palácio da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro nasceu o segundo Imperador do Brasil. Sétimo filho e terceiro varão de D. Pedro I e da Imperatriz D. Maria Leopoldina, que morreu quando D. Pedro II tinha apenas um ano de idade. Herdou o direito ao trono com a morte de seus irmãos mais velhos Miguel e João Carlos.

Como seus outros dois irmãos homens tinham morrido ele era o herdeiro do trono brasileiro. Tinha 5 anos quando o pai abdicou e ficou no Brasil sob a tutela de José Bonifácio de Andrade e Silva e, depois (1833-1840) Manuel Inácio de Andrade Souto Maior, marquês de Itanhaém.

Durante sua menoridade o Brasil foi dirigido por uma Regência. Começou a estudar sob a orientação da camareira-mor D. Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho, mais tarde condessa de Belmonte. Foi aclamado segundo imperador do Brasil, aos seis anos de idade e assumiu o trono aos 15 anos (18/06/1841), um ano depois de ser declarado maior e começar a reinar.

Fonte:http://www.miniweb.com.br/cidadania/Personalidades/pedro_II.html

Suas ações:

Pedro II deu ao Brasil 49 anos de paz interna, prosperidade e progresso. Durante o seu reinado foi aberta a primeira estrada de rodagem, a União e Indústria; correu a primeira locomotiva a vapor; foi instalado o cabo submarino; inaugurado o telefone e instituído o selo postal





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POR JOÃO RINQUE:

José Luiz Costa de Carvalho, sua postagem de 05/outubro, 17h31 me pareceu ufanista e reprodutora da história oficial, principalmente por atribuir uma auréola de paz e desenvolvimento ao governo Pedro II. Uma rápida pesquisa possibilita uma visão diferente, vejamos alguns fatos ocorridos a partir de 1840 quando D. Pedro II assumiu o governo:







1848 -: radicais do Partido Liberal pernambucanos iniciam a Revolta Praieira, só terminada em 1850 e marcada por excessos e violências por parte do governo imperial;



1849 -: Gonçalves Dias classifica de “más” as escolas de ensino das províncias do norte o que configura uma forma de violência contra aquela população.



1850 –: Lei Euzébio de Queirós acaba com o tráfico de escravos evidenciando um inexplicável assentimento de D. Pedro à exploração ignóbil do homem pelo homem;



1851 –: 1852: guerra contra Argentina e Uruguai (Oribe e Rosas).



1863 -: Questão Christie;



1864 -: 1865: guerra conta Aguirre (Uruguai);



1864 -: 1870: guerra contra o Paraguai e neste mesmo 1864 no Rio Grande do Sul a justiça manda recusar a matrícula de crianças e adultos, escravos ou não se forem de cor negra;



1871 –: Lei do Ventre liberta os nascidos de mãe escrava, um tardio reparo ao absurdo da escravidão humana que ainda continua a pesar contra o monarca e a sociedade;



1872 –: com uma população de 10 milhões de indivíduos o Brasil abriga nas escolas primárias apenas 150 mil alunos e detém a marca nefasta de 66,4% de analfabetos. Ainda há quem considere o monarca “magnânimo”! Neste ano e até 1874, no Rio Grande do Sul eclodia a Revolta dos Muncker (“santarrão” em alemão) que exprimiu o descontentamento dos imigrantes alemães com a situação do pais;



1874 – 1975: revolta da população pobre de Pernambuco abafada com violência pelo Império;



1879 –: o senador Oliveira Junqueira dizia que “certas matérias, talvez, não sejam convenientes para os pobres; o menino pobre deve ter noções muito simples”, num evidente reflexo da forma como o poder e a elite pensavam as camadas desfavorecidas da sociedade;



1885 -: Lei Saraiva Cotegipe e a Lei dos Sexagenários tornam livres os escravos maiores de 60 anos. Essa medida como outras similares não isentam o representante do poder da responsabilidade pelo mercado desumano da escravidão;



1889 -: os alunos matriculados nas escolas correspondem a míseros 12% da população em idade escolar. Quem ainda concorda com o título de “magnânimo” atribuído a Pedro II?







Isso é só uma parte da contra-face do regime encabeçado por Pedro II onde as eleições eram censitárias e fraudulentas e o poder moderador usado pelo monarca para manipular e se apropriar do estado.







Fontes pesquisadas:



WWW.guerras.brasilescola.com/guerra-contra-oribe-escola



WWW.mundovestibular.com.br/brasil/imperio



WWW.scribd.com/doc/33711960/historia-aula16-monarquia-brasileira-2reinado



WWW.brasilescola.com/historia/brasil-monarquia/2/



WWW.pedagogiaemfoco.pro.br/heb05.htm



WWW.laab.com.br/ClaudiaMentzMartins.pdf


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POR VALDEMIR MOTA DE MENEZES:

Alô João Rinque!
É sempre legal lê os seus comentários e trabalhos, pois sempre aprendo coisas e vejo seus pontos de vistas que demonstram para todos os colegas ciência sobre os fatos que aborda, todavia, permita-me discordar sobre alguns pontos.

1- Vejo que ideologicamente somos diferentes, o que não impede de sermos amigos, mas sou alguém que defendo o Poder e a Autoridade como forma de controlar as massas que facilmente são manipuladas para fazerem revoltas e distúrbios.

2 - Mesmo que eu fosse um socialista, ainda assim vejo que D. Pedro II teve muitas virtudes em seu governo, pois é fácil agora criticar D. Pedro II sobre fatos ocorridos no século XIX, quando vivemos no faz de conta do "politicamente correto".

3 - Hoje qualquer medíocre é contra a ESCRAVIDÃO. “Mas há séculos atrás, a mentalidade vigente e o chamado “espírito da época” induzia as pessoas a acharem isso “normal". De fato eu sou contra a escravidão étnica. Nenhum povo deve ser escravizado por causa de sua condição étnica. D Pedro II deu passo firme para estabelecer a justiça social beneficiando os negros, rompendo com séculos de tradição da escravidão dos negros. Indo contra uma sociedade predominantemente agrícola e cuja mão de obra escrava era altamente necessária para manter os lucros dos negócios.

4 - Quanto ao fato de rebeliões serem sufocadas com força pelo governo de Dom Pedro II, considero isso como correto. No contexto da época esta visão democrática de "sentar a mesa para o debate" não era praticado nem aqui nem em qualquer lugar do planeta. Demais a democracia é demagoga, os líderes democratas não fazem o que é certo e o que é correto, fazem e falam o que a maioria quer ouvir, pois só assim alcança o PODER. Pasmem.. Razão porque não acho a democracia melhor que outras formas de governo como a MONARQUIA E A TEOCRACIA. Hoje com o governo populista do LULA quadrilhas e bandos sob a bandeira de movimento social fazem saques e roubam os bens do próximo e o governo não intervém. O MST é o CANGAÇO com nova roupagem. Eles de fato precisam de terra, melhor ainda " a sete palmos". Falta um D. Pedro II para acabar com esta desordem social. Dinheiro público para financiar bando armado. Lula financia a própria As Farc. Usar as forças nacionais para manter a ordem interna como vez D. Pedro II é legítimo, legal e moralmente correto.

5 - Por aprovar em boa parte as medidas de D. Pedro II não me acho perdido no século XIX, até porque os fundamentos da minha ideologia estão vinculados as idéias de milênios atrás, mas procuro compreender os erros comum de cada geração. Lembro-me que muitas igrejas e religiões aprovavam a escravidão de negros, inclusive a igreja católica, igrejas protestantes e seitas cristãs como as testemunhas de Jeová que em seu periódico 'WACHTOWER" dizia na época: "Os irmãos negros devem sentar no fundo do salão ou nas galerias, até porque tem mais dificuldades para entender os ensinamentos". D. Pedro II, quebrou no Brasil uma tradição secular de todos os povos que manter negros escravos era normal. Então ele esteve a frente do seu tempo.

6 - Quanto aos números apresentados pelo inteligentíssimo colega Rinque, não sabia desses dados, é também compreensível que o Brasil e o mundo não tinham as facilidades de transporte e impressão de material didático e mesmo estrutura financeira do erário público para bancar a educação em todos os níveis. Isso vem ocorrendo ao longo dos séculos. Na Idade Média havia muitos reis e monarcas que eram analfabetos. Portanto esta evolução social da disseminação do conhecimento vem sendo implantada na humanidade paulatinamente. Não tinha nem como exigir de D. Pedro II, os mesmos números estatísticos dos percentuais da atualidade.

7 - Se na época de D. Pedro II, as escolas do norte do país eram vistas como más, isso não mudou muito em dezenas de governos que sucederam a DOM PEDRO II. Os políticos brasileiros e em especial do Norte, Nordeste continuam "exploradores" da miséria nordestina. Além, é claro, das dificuldades geográficas da região amazônica e do semi-árido nordestino. Também é de praxe da humanidade melhorar a infra-estrutura dos grandes centros urbanos (onde há mais pessoas para votar) e também no entorno da capital federal, os investimentos são mais abundantes.

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cometário de Valdmeir a postagem de Irani:

Gostei da sua postagem Irani, como foquei meu estudo sobre D Pedro II em sua educação achei interessante este dado que você levantou sobre a Educação do nosso Imperador, e a peculiaridade de que o mesmo estudava das 6:00 da manhã até as 22:00 horas. Esta aceleração na educação dele visava prepará-lo para o governo do País ainda com 14 anos.

Outro dado interessante que você trouxe a tela foi o fato de D. Pedro II ter recusado a pensão do governo brasileiro. Não o vejo como um canalha, mas um dos poucos homens de bens que governaram este país. O fato é que em matéria de política quem esta na oposição sempre é antagonista e é do contra, procura falhas e defeitos no governo não para consertar, mas para denegrir a imagem alheia e quem sabe subir no poder. Por isso sou contra golpes, revoltas, revoluções, por trás de quase todos estes atos se encontrar a ambição de outros, que são piores que os atuais.

SÉCULO XVI

SÉCULO XVII

SÉCULO XVII

REFORMA POMBALINA

A Reforma Pombalina, implantada por Sebastião José de Carvalho e Melo,
o Marquês de Pombal, foi implantada no Brasil com a expulsão dos jesuítas do Brasil e Portugal e proibindo a Educação baseada no Ratio Studiorum. Sistema educacional, até então implantado. A igreja católica não tinha os mesmos interesses da Corte de Portugal, enquanto o estudo nos moldes RATIO SUDIORUM visava fortalecer o ensino religioso, a Coroa Portuguesa visava uma educação com ideais comerciais. O Marques de Pombal seguia o movimento Iluminista e queria um progresso materialista para a Colônia e para isso deu inicio ao programa que veio a ser conhecido como REFORMA POMBALINA. Como ficou a relação do Estado com a igreja católica ?




“Não houve, no entanto, rompimento com a igreja e a religião católica, pois
estas se submeteram às ordens e ao poder do Estado, com exceção da
Companhia de Jesus, que manteve uma postura de insubordinação ao rei,
continuando a ensinar nos moldes da Ratio Studiorum. O movimento iluminista
não era compatível com o ensino jesuítico”. (Curso de História – Unimes Virtual)

CORONELISMO

O fato do povo ter direito a voto não trouxe mudanças significativas na vida da população, porque em muitas regiões do país somente os ricos e poderosos tinham acesso a candidatura e poder para disputar as eleições locais, se estabelecendo os curais eleitorais de cada comunidade tendo seus respectivos coronéis que muitas vezes se alternavam no poder.

‘’O voto era instrumento ‘sem compromisso ideológico’.
A composição do poder, perpetuada por um colégio
eleitoral assentado sobre o sistema coronelista,
frustava qualquer modificação na estrutura política.’’
(NAGLE, Jorge. 2001. p. 13 e 15)





Em pequenas cidades, onde existiam clãs de latifundiários o coronelismo continuo se perpetuando como pratica política até porque o povo não tinha outras opções a não ser a dos clãs locais que já vinham governando no regime colonial e no período imperial do Brasil. Os poderosos continuaram no poder agora sob a bandeira da democracia:

“A implantação do regime republicano não provocou
a destruição dos clãs rurais e o desaparecimento dos
grandes latifúndios, bases materiais do sistema político
coronelista. Ainda mais, instituindo a Federação,
o novo regime viu-se obrigado a recorrer às forças representadas
pelos coronéis, provocando o desenvolvimento
das oligarquias regionais que, ampliando-se, se
encaminharam para a ‘’política dos governadores.‘’
(NAGLE, Jorge. 2001. p.10)


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o site www7.rio.rj.gov.br/.../prestandocontas/?55/3 traz uma sucinta explicação sobre como se formou o sistema de coronelismo no Brasil:

" A patente de "coronel" surgiu da participação na Guarda Nacional (criada em 1831 com a deposição de D.Pedro I), que assegurou a ordem interna no País durante o Império. Como apenas os mais abastados tinham condições de arcar com os custos da compra de uniformes e armas para pertencer à Guarda Nacional, o governo da Regência (1831-1842) colocou os postos militares da Guarda Nacional à venda: só não havia o posto de general porque este era prerrogativa do Exército. Com o tempo, o "coronel" passou a ser visto pela população como homem poderoso, de quem os demais eram dependentes. O "coronel" não era uma pessoa qualquer, era "o dono do lugar". Proclamada a República, a Guarda Nacional foi extinta, mas os coronéis de patentes compradas permaneceram na posse do título, do poder e das vantagens do posto."

COLONIZAÇÃO

DESCOBERTA

HISTÓRIA PRÉ-CABRAL

Antes de Pedro Álvares Cabral descobrir o Brasil, o Brasil já existia e já havia sido descoberto e povoado por seres humanos. Portanto é errado se falar em descobrimento do Brasil com a chegada das Caravelas de Cabral no Brasil. Os índios são gente e são humanos, portanto os nativos que aqui viviam são os descobridores do Brasil. Os europeus chegaram depois e dominaram os índios e tomaram-no o país.



É notório que a civilização indígena brasileira era simples em sua organização social, suas artes eram primitivas e sua literatura era inexistente. Ao contrário de outras civilizações nativas da América como os Incas, Maias e Astecas que possuíam uma cultura muito mais complexa.

Sobre isso se diz no Curso de História da Unimes/Santos:

“Numa visão antropológica, não se pode negar toda a história dos nativos
do Brasil, donos de um rico acervo de cultura material e de costumes próprios,
anteriores à conquista lusitana.

Panorama esquemático da formação do Brasil:

• Submissão cultural ao continente europeu desde o descobrimento.
• Os portugueses não encontraram no Brasil uma sociedade organizada,
como os espanhóis encontraram ao chegarem no México e Peru.
• O índio brasileiro não tinha uma tradição artística complexa, resultando
numa pequena contribuição estética para comunidade colonizadora.