sábado, 25 de setembro de 2010

ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL

O texto abaixo foi extraido do fórum de discussão da Unimes Virtual na postagem de Valdemir Mota de Menezes esclarecendo sobre a escravidão no Brasil colonial.

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Olá professor e colegas,




Como previ, meus posicionamentos sobre Zumbi ainda que compartilhado por alguns seja odioso para outros, mas procurarei explanar com mais detalhes sobre o que escrevi acima.


ADJETIVO VILÃO PARA ZUMBI


Pressuponho que o professor Wesley tenha se preocupado com a ADJETIVAÇÃO acima que coloquei para expressar a qualidade de Zumbi. Minha fundamentação teórica para empregar esta palavra é que o adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo. ( http://www.soportugues.com.br). Quanto ao adjetivo empregado VILÃO:


“A palavra vilão tinha o significado original de habitante de uma vila; devido ao preconceito que as pessoas da época tinham contra os pobres, que moravam nas vilas, a palavra vilão foi desenvolvendo, pouco a pouco, o sentido de grosseirão, malvado. (http://www.filologia.org.br)


Zumbi foi vilão sim, porque deu um golpe de “Estado”, matando seu tio Ganga Zumba à traição para assumir o poder. Este negócio de matar os outros, até mesmo os seus parentes para tomar o poder, pode não ser nada para os “de esquerda”, mas para mim é coisa de vilão e até retifico meu adjetivo para algo mais adequado: BANDIDO.




ESCRAVIDÃO E ESCRAVIZAÇÃO


O professor Wesley orientou nos seguintes termos: “devemos procurar uma analise critica pautada por argumentos embasados em referenciais teóricos.” Seguindo esta orientação informo que usei a terminologia ESCRAVIDÃO indistintamente para se referir as instituições e práticas análogas à escravidão conforme estabelecido pela Convenção das Nações Unidas, em Genebra na Suíça, no ano de 1956.


Convenção Suplementar Sôbre Abolição da Escravatura, do Tráfico de Escravos e das Instituições e Práticas Análogas & agrave; Escravatura (1956), aprovada pelo governo brasileiro conforme DECRETO Nº 58.563 – DE 1º DE JUNHO DE 1966, publicada pelo excelentíssimo presidente da República H. Castello Branco(governo militar), em Brasília, 1º de junho de 1966; 145º da Independência e 78º da República. Desta forma quero ater-me ao conceito acadêmico e legal sobre escravidão E PRÁTICAS ANÁLOGAS À ESCRAVIDÃO. Portanto o que Zumbi praticou foi escravidão. É até engraçado que existe uma gravura de um negro se ajoelhando aos pés de Zumbi e os idólatras de Zumbi dizem: “Vejam como Zumbi era admirado pelos negros?! – Mentira! Era um negro escravo tendo que prestar compulsoriamente deferência ao seu senhor!


André Pêssego, escritor do Portal Capoeira tentando negar a escravidão praticada por Zumbi, disse:


“Só tem sentido alguém escravizar alguém se o excedente de produção do escravo for superior ao que ele consome, como não havia noções de acumulação, entre negros e índios, não podia haver interesse em escravizar uma ou um grupo de pessoas”


Outra mentira dita pelos “Zumbiteros”, como a citada acima. Na verdade a escravidão não exige necessariamente acumulação de riquezas, mas servidão. Muitos senhores de escravos possuiam escravos para os serviços domésticos e não com fins de produção.


Escravidão é em suma a condição de servidão e escravização é o ato de tornar outro escravo. Zumbi escravizava e submetia seus patriotas africanos a escravidão, assim ele era um verdadeiro: “Joaquim”, “Manoel”, “Bonifácio”, “Pedro”, um “sinhorzinho” português.





QUEM ESCRAVIZAVA OS NEGROS NA ÁFRICA?


A colega Maria Aparecida Fernandes Silva questionou uma das minhas fontes de pesquisa para falar de Zumbi onde entre outras coisas afirmamos que os negros foram escravizados por negros na África para serem comercializados com os portugueses que por sua vez alimentava o mercado de mão-de-obra no Brasil colonial. Bom, eu sou contra a escravidão racial, ainda que seja a favor da escravidão na prática de execução penal, pois quem rouba um carro e é preso deveria ser escravizado por tempo fixo para indenizar a vítima. Mas o mundo dito “moderno” optou por este modelo, então agüente...



Quanto ao site homemculto ter dito que os negros eram escravizados por negros, ele apenas estava reproduzindo a história comprovada por muitos documentos de transação comercial de escravos.


“Os negros eram vendidos pelos seus sobas - chefes de tribos africanas - aos portugueses, e trazidos para o Brasil vindos da costa e da contra costa da África.” (www.vivabrazil.com)


Não adianta pintar os portugueses de “demônios” e os negros de coitadinhos. Não haveria escravidão de negros no Brasil se certos negros da África não tivessem escravizados seus irmãos de raça e os vendessem como mercadorias aos portugueses. Naquela época não somente brancos, mas também CHEFES TRIBAIS AFRICANOS se beneficiaram na escravidão de negros.


“O comércio esclavagista causou também o aparecimento de novos estados de carácter mercantilista, como no caso de Angola no início do século XVI, quando se estabeleceu o reino Ngondo, inicialmente tentando não se envolver no comércio de escravos. Quando Nzinga Mbandi Ngola (1581-1663) ascende ao poder, negoceia com os portugueses um pacto de não agressão a troco da venda regular de escravos e a conversão ao Cristianismo, edificando um estado mercantilista que se tornou uma base importante de exportação de escravos no tráfico Atlântico. (www.buala.org/pt)









TEOR ACADÊMICO OU PROVOCAÇÃO RACISTA?


A colega Maria Aparecida Fernandes Silva mais uma vez questionou-me sobre as motivações da minha postagem a qual respondo assim:


Gosto de debate onde as pessoas discutem doutrinas, dogmas, leis, e ideologias, se não gostasse de pensar seria uma “rã” ou um protozoário. Mas meus questionamentos são voltados sempre em busca da verdade real, pessoalmente odeio a hiprocrisia e não tenho sinceramente nenhuma crença ou posicionamento íntimo que me diga que os negros sejam inferiores biologicamente, moralmente, intelectualemente ou espiritualmente em relação a qualquer outra etnia. Não vejo razão porque algumas pessoas me acham racista a não ser pelo fato de discordar dos contos de fada que estes movimentos de CONSCIÊNCIA NEGRA tentam vender para a população sem instrução.


Se os movimentos “afrodescendentes” querem despertar o orgulho de ser negro, ótimo! Mas não criem mentiras e não distorçam a história.




POR QUE OS BRANCOS COMPRAVAM ESCRAVOS?


Pelo Mesmo motivos que os chefes tribais negros da África vendiam os seus irmãos negros. A relação entre os portugueses e os sobas é a mesma que existe entre o ladrão e o receptador. Se não existisse ladrão não haveria receptador e se não existisse receptador não haveria ladrão. Em suma: São farinhas do mesmo saco. Negros e brancos foram igualmente responsáveis pela escravização étnica. A diferença é que os portugueses produziram riquezas com a escravidão e os chefes tribais gastava o dinheiro da venda dos seus irmãos com “cachaça”. Em síntese, no estudo da criminologia vemos que o receptador é mais inteligente quando consegue fazer melhor uso da mercadoria roubada do que o "ladrãozinho de correntinhas".




HERÓIS NEGROS




Grandes personagens da história do Brasil, na minha concepção, foram aqueles que contribuiram para o desenvolvimento do país e por manter a ordem e a moral entre os brasileiros. Óbvio que todos os heróis eram humanos e possuiam idéias erradas, tomaram atitudes prejudiciais, tiveram fracassos e problemas familiares. Nenhum ser humano resiste a uma devassa em sua vida íntima sem que venha a tona pecados e imperfeições. Heróis e modelos é algo muito íntimo e cada um tem os seus.


Uns acham Zumbi heroi, geralmente são gente da esquerda, gente do barulho, que gostam de violencia, são preguiçosos, preferem a guerra ao diálogo, preferem invadir as fazendas e plantações dos outros do que colonizar Tocantins, Mato-Grosso, Roraima, se aproveitam das massas famintas e em vez de ensiná-los a enfiar a enxada no chão para plantar, incita-os a levantar as enxadas, foices e martelos para cima com fazem os movimentos de esquerda, MST, PT e comunistas, em uma postura de agressividade e guerra.




Eu tenho heróis negros, internacionalmente tenho Martin Luther King e Nelson Mandela, perto de casa tenho Joãozinha, negro, aleijado(agora o idiotismo vingente obriga a chamar de deficiente ou com incapacidade motora), velho(idoso), que mora de aluguel em um quartinho, aposentado e que complementa sua renda vendendo picolé na porta da Santa Casa de Santos (Você pode vê-lo em dias de calor). Sempre teve uma vida sofrida, mas honesta, homem de paz e respeitoso.


Meus heróis negros do Brasil foram: André Rebouças, José do Patrocínio e Teodoro Sampaio, este homens combateram a escravidão, galgaram a piramide social e contribuiram com o desenvolvimento nacional. Sabe como? Estudando, trabalhando e não em movimentos armados, “ revolucionários”.


A história da vida dos três prova que a educação é o caminho mais eficiente e rápido para a igualdade. É o que mostra esta terceira edição de Raça Educação, que tem como objetivo contribuir como ferramenta de auxílio ao professor em sala de aula para o ensino da cultura e da história afro-brasileira - tornado obrigatório em 2003 pela lei 10.639. (racabrasil.uol.com.br)




URBANIDADE E RITUAL ACADÊMICO




Tanto os colegas Maria Aparecida e o João Rinque questionaram a minha FORMA de expor as idéias, um reclama da minha falta de urbanidade e o outro da minha falta de protocolo com o ritual acadêmico.


Urbanidade é delicadeza requintada, isso realmente pode ser que não tive, até porque uma das formas que gosto do debate é o uso da retórica com IRONIA que não passa de uma forma de argumentação com humor debochante. Não faltei com respeito, nem fiz ataques pessoais a Maria e nem a qualquer outra pessoa. Quanto ao tal rito acadêmico que não observei, gostaria de saber qual é, onde esta escrito e qual foi o artigo que transgredi.


Ao que me parece as pessoas sempre ficam ofendidas quando alguém expõe idéias contrárias as suas crenças ou ideologias. Acho que os colegas devem ter se ofendido por eu ter uma posição contrária as suas. Democracia e liberdade de expressão é isso, as pessoas exporem suas idéias abertamente e sem censura. Mas ao que parece alguns acham que o conceito de democracia e liberdade de expressão é “fale o que quiser desde que concorde comigo.”. Fórum de discussão é um local onde as pessoas discutem idéias cujas regras básicas entre os seus participantes é que não usem palavrões e nem saiam do tema proposto.









PROFESSOR COMUNISTA





Este termo aparece no cabeçalho do site homemculto.com em uma crítica a educação moderna, pois tanto no Brasil, como na América Latina é crecente a migração de marxistas do campo da economia para o campo da educação. Os marxistas já destruiram a economia do Leste-Europeu, da Rússia e de Cuba, o resto do mundo não caiu nesta doutrina cujo pai era o “Senhor da Preguiça”: Karl Marx, o “papinho” dele de revolução das classes trabalhadoras era mera desculpa para não trabalhar e apoiar idéias criminosas como o saque, a violência, a rebelião, o roubo. Só que depois que roubam uma propriedade é preciso trabalhar na terra, senão tudo volta a estaca zero. E é assim que funciona o MST, organização criminosa que toma as terras de empreendedores e depois de ficarem algum tempo na terra, vende-na e parte para nossos saques em outras partes do nosso Brasil. Esta é a classe baixa dos marxismo.




A classe alta dos marxistas se instalaram na educação brasileira, principalmente nas universidades, ocupando postos de formação de opinião tentando seduzir nossa juventude aos ideáis de Marx, isto é, rebelião, contestação e assim criaram um conjunto de fórmulas e princípios educacionais. com um linguajar próprio, terminologias com conceitos marxistas. Aqui mesmo na Unimes percebemos “a furar os olhos” nos textos de estudos como se acentua a crítica ao capitalismo e outras mensagens subliminares. Graça a esta Nova Pedagogia, a educação brasileira esta em queda vertiginosa, alunos passando de ano automaticamente, sem limites, que só querem saber dos seus direitos e nada de deveres e finalmente não existe marxismo sem violência. As escolas tem se tornado um dos ambientes mais perigosos do mundo, fenômeno global e quem esta na frente da educação hoje em dia: Os religiosos? Os capitalistas? Não! Os marxistas. A violencia escolar dos nossos dias é fruto dos conceitos contestadores dos marxistas. Veremos o reflexo disso nos próximos anos...




Espero ter esclarecido meu posicionamento sobre a ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL.




Saudações a todos




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REFERÊNCIAS:


http://cafehistoria.ning.com/forum/topics/qual-a-diferenca-entra


http://www.filologia.org.br


http://portalcapoeira.com/Publicacoes-e-Artigos/o-inico-de-palmares-a-escravizacao-do-indio


http://www.vivabrazil.com/abolicao_da_escravatura.htm


http://racabrasil.uol.com.br/cultura-gente/97/artigo16405-1.asp


http://www.buala.org/pt/a-ler/historia-identidade-e-afro-descendencia

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