sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A ESCRAVIZAÇÃO INDÍGENA






Nos últimos anos, a historiografia relativa à escravidão
indígena revelou uma realidade surpreendente.
Contrariando assertivas consagradas, vários estudos
mostraram que as populações nativas do Novo
Mundo português foram, nos séculos iniciais da colonização,
sistematicamente exploradas em fazendas
destinadas à agricultura de exportação.

Nas áreas economicamente periféricas, o escravismo com base
no gentio da terra estendeu raízes profundas, sobrevivendo
até a segunda metade do século XVIII. No
dia-a-dia das plantações, no cotidiano da vida familiar
e até mesmo nos momentos de revolta, os cativos
ameríndios compartilhavam seus anseios e expectativas
tecendo laços de solidariedade no universo das
senzalas.


Em Minas Gerais colonial, a escravidão baseada na
exploração do braço nativo foi implantada pelos bandeirantes.
Já francamente decadente em São Paulo
seiscentista, a instituição sobreviveu até a segunda
década de ocupação da região do ouro para em seguida
praticamente desaparecer das vilas, arrais e lavras
mineiras.

REFERÊNCIA:
VENÂNCIO. Renato Pinto. Os Últimos Carijós: Escravidão Indígena em Minas Gerais:
1711-1725. Revista brasileira de História. vol.17 n.34 São Paulo 1997.

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