segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CICLO DO CAFÉ

A expansão da cultura do café, especialmente nos Estados de Minas Gerais e São Paulo veio trazer uma nova vida ao Brasil que tinha neste produto uma nova força na produção gerando trabalho no campo no setor da agricultura e no emprego na cidade com a construção de ferrovias, equipamentos portuários e beneficiamento do café, sobre a economia cafeeira Jorge Nagle diz:

‘’ (...) Aí está outra conseqüência da economia cafeeira,
que se traduz tanto na expansão da produção agrícola
ligada ao consumo interno como no crescimento
das atividades industriais. A economia de mercado
interno que se expande nas décadas de 1910 e 1920
– principalmente na década de 1920 – significa alteração
quantitativa importante, pois com ela se inicia
passagem do centro dinâmico da economia brasileira
– da economia voltada para o mercado externo para a
economia voltada para o mercado interno (... )’’.
(NAGLE, Jorge. 2001. p. 29)

O novo ciclo econômico do Brasil tinha no café sua principal matéria de exportação, e desde o inicio da primeira República até o século XXI o Brasil tem no café um dos principais produtos de exportação, colocando a marca do Brasil nos lares do mundo inteiro que passaram a saborear o café produzido em nossas terras.






‘’ (...) a história da Primeira República compõe-se de
uma série de acontecimentos ligados aos processos
de produção e comercialização do café, o principal
produto, não apenas quanto à economia brasileira,
mas em termos mais amplos, quanto à sociedade
brasileira como um todo. (...) Principalmente depois
da instalação de regime republicano, o café constituía
a principal mercadoria que, no comércio exterior, fornecia
a maior quantidade de divisas.‘’
(NAGLE, Jorge. 2001. p.21 e 23)

domingo, 15 de novembro de 2009

PONTE PENSIL DO BRASIL

PONTE PENSIL


INTRODUÇÃO

Considerada o cartão-postal da cidade de São Vicente, a ponte pênsil foi tombada como patrimônio histórico pelo governo estadual. Desde o descobrimento do Brasil até os quatro séculos seguintes as pessoas que desejavam ir para Praia Grande ou para o litoral sul de São Paulo deviam pegar pequenos barcos para atravessar a Baia do Mar Pequeno.


A CONSTRUÇÃO



Em 1905 já estava elaborado o projeto de construção do esgoto de Santos para Praia Grande o qual devia ser escoado ao longo do morro do Itaipu. Naquela época ainda não se utilizava concreto armado para a construção de pontes e a saída foi procurar o melhor ponto e o mais estreito para fazer uma ponte pênsil, sem apoio e sem suportes intermediários.





Naquele tempo duas pontes pênseis foram inauguradas uma em 1883 em Nova York e outra em 1909 em Manhattan e São Vicente também queria a sua ponte pênsil. A construção não foi fácil, em 1913 enquanto esticavam um cabo de aço um operário caiu e foi morto por um tintureiro, espécie de tubarão que infestavam a região.




Em 1911 iniciou-se a construção nas duas margens, uma do lado do morro dos Barbosas e do lado do Japuí e as peças da ponte chegaram ao Brasil por dez navios alemães que trouxeram as partes metálicas. Na época da inauguração, na ponte só podia passar dois veículos de cada vez com peso máximo de 12 toneladas.


CARACTERISTICAS TÉCNICAS


O projeto era de August Kloenn da empresa Bruckenbauanstail da cidade de Dortmund, na Alemanha e nela foi empregado aço alemão chamado Holder 32, a ponte pênsil possui 180 metros entre os eixos e fica suspensa sobre 16 cabos de aço. Os cabos tem inclinação de 32 graus e a pista de passagem de veículos e pedestres possui 6,4 metros de largura. No lado externo da ponte passam os tubos de esgoto com 40 centímetros cada.



A INAUGURAÇÃO


A ponte pênsil foi inaugurada em 21de maio de 1914 pelo sanitarista Saturnino de Brito cuja missão era transportar o esgoto por tubulações ao lado da ponte. O esgoto deveria escoar de Santos e São Vicente e ser lançado no oceano Atlântico na cidade de Praia Grande

No dia da inauguração o então prefeito de São Paulo, Washington Luís, atravessou a ponte em um automóvel acompanhado com sua comitiva. Durante a inauguração ocorreu o primeiro acidente de transito, um motociclista bateu em um coche e ao cair, fraturou o crânio.


MANUTENÇÃO

Desde sua inauguração a ponte sofre continuas reformas, a cada dois anos ela passava por uma pintura completa, sempre havendo preocupação com a corrosão do mar. Na década de 70 cogitou-se em fechar a ponte, mas a verdade é que ela já esta caminhando para o seu centenário e sempre aberta ao público
.



CONCLUSÃO


Em 1994 a ponte foi tombada pelo Condephaat e recebeu um vestido de iluminação noturna que durante as noites são ligadas e transforma a paisagem vicentina em uma imagem surreal.




FONTES DE PESQUISAS:
pt.wikipedia.org/.../Ponte_Pênsil_de_São_Vicente
www.saovicente.sp.gov.br/.../pontepensil/index.asp
http://www.rankbrasil.com.br/Recordes/Materias
http://www.novomilenio.inf.br/sv/svh019a.htm

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A VINDA DA FAMILIA REAL PARA O BRASIL

No final do século XVIII e início do século XIX, estourou a Revolução Francesa
e Industrial provocando inúmeras transformações de ordem social
e econômica. Portugal é invadido pelas tropas francesas e a Corte Real
refugia-se no Brasil transplantando a cultura e os costumes do Estado
Português para um país ainda em fase de exploração e descobertas.


Com a vinda da família real para o Brasil, deu-se início a criação de cursos
superiores voltados para a máquina estatal. Com isso, a educação passava
a responder às necessidades do Estado, com a formação de profissionais
liberais por meio de cursos profissionalizantes.



A preocupação com a educação da elite ofuscava o interesse e o investimento
pela educação do povo, nos níveis primário e secundário. Àquele,
reduzido a escolas de ler e escrever e este composto de aulas régias permanecendo
com as mesmas características do período jesuítico.


A orientação em relação ao tipo de educação implantada no país privilegiava
a formação das elites dirigentes. Daí, o ensino superior e o secundário
serem privilegiados, em detrimento do ensino primário que ficou a cargo
dos governos provinciais.


A independência do Brasil se concretiza em 1822, sendo intenção de Portugal
que o Brasil retornasse à situação encontrada em 1808. Porém, é
articulada com base nos interesses da elite brasileira e da Inglaterra. Não
ocorreu nenhum envolvimento popular.


Na verdade, a independência do Brasil significou apenas um rompimento,
político e econômico, com Portugal, mantendo sua situação de colônia
determinada pelo imperialismo europeu.


A República não herdou do Império um sistema educacional articulado,
pois não se era exigido, para efeitos de ingresso no ensino secundário, a
conclusão do ensino primário bem como, no ensino superior, a conclusão
do nível secundário.
(Extraido do Curso de História da Unimes)