‘’O voto era instrumento ‘sem compromisso ideológico’.
A composição do poder, perpetuada por um colégio
eleitoral assentado sobre o sistema coronelista,
frustava qualquer modificação na estrutura política.’’
(NAGLE, Jorge. 2001. p. 13 e 15)
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Em pequenas cidades, onde existiam clãs de latifundiários o coronelismo continuo se perpetuando como pratica política até porque o povo não tinha outras opções a não ser a dos clãs locais que já vinham governando no regime colonial e no período imperial do Brasil. Os poderosos continuaram no poder agora sob a bandeira da democracia:
“A implantação do regime republicano não provocou
a destruição dos clãs rurais e o desaparecimento dos
grandes latifúndios, bases materiais do sistema político
coronelista. Ainda mais, instituindo a Federação,
o novo regime viu-se obrigado a recorrer às forças representadas
pelos coronéis, provocando o desenvolvimento
das oligarquias regionais que, ampliando-se, se
encaminharam para a ‘’política dos governadores.‘’
(NAGLE, Jorge. 2001. p.10)
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o site www7.rio.rj.gov.br/.../prestandocontas/?55/3 traz uma sucinta explicação sobre como se formou o sistema de coronelismo no Brasil:
" A patente de "coronel" surgiu da participação na Guarda Nacional (criada em 1831 com a deposição de D.Pedro I), que assegurou a ordem interna no País durante o Império. Como apenas os mais abastados tinham condições de arcar com os custos da compra de uniformes e armas para pertencer à Guarda Nacional, o governo da Regência (1831-1842) colocou os postos militares da Guarda Nacional à venda: só não havia o posto de general porque este era prerrogativa do Exército. Com o tempo, o "coronel" passou a ser visto pela população como homem poderoso, de quem os demais eram dependentes. O "coronel" não era uma pessoa qualquer, era "o dono do lugar". Proclamada a República, a Guarda Nacional foi extinta, mas os coronéis de patentes compradas permaneceram na posse do título, do poder e das vantagens do posto."
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