En tant que Brésilien, j'ai essayé de rassembler des informations sur l'origine et l'histoire de notre peuple, donner mon opinion sur les événements qui ont marqué notre histoire. Mes plaintes sont beaucoup plus frappant parce que je vais vous parler de mon propre peuple, où j'ai vécu toute ma vie au Brésil et au vu de ses transformations historiques (par l'historien Valdemir Mota Menezes)
sábado, 28 de abril de 2012
INDUSTRIALIZATION OF BRAZIL
By Teacher Valdemir MOta de Menezes, the Scribe
PERIOD OF PROHIBITION
The human being is often so greedy and greedy that you want the delay of others in order to subdue his like. Thus Portugal forbade the economic development of the Brazilian colony. Only Brazil had allowed the manufacture of coarse cloth to make clothes for the slaves.
PERIOD OF IMPLEMENTATION
With the coming of the Portuguese royal family to Brazil in 1808, as it fled from Napoleon to conquer the territory of Portugal. Brazil has to import from England
In 1846 the textile industries have been given tax breaks. But the industries could not progress by missing free men and wage earners to buy. In 1850 the Law Eusebius de Queiroz prohibiting the slave trade, the capital was idle and the rich are investing in the industry.
In 1907 there were 3000 industries in Brazil
In 1920 had 13 000 industries.
The lords became industrial mills.
PERIOD OF THE INDUSTRIAL REVOLUTION
Our great leader Getúlio Vargas suppressed exploiting oligarchies and went on to encourage national industries and the hiring of labor Brazilians
The great works of Vargas in Brazilian infrastructure were:
• National Petroleum Council (1938)
• National Steel Company (1941)
• Companhia Vale do Rio Doce (1943)
• Hydroelectric Company of San Francisco (1945)
• Petrobras
Sao Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais and Rio Grande do Sul were the states that most companies have received, causing the outflow to these northeastern states.
PERIOD OF INTERNATIONALIZATION
With the end of World War II, Brazil's trade balance had a surplus, the country's fruit exports have more than matter, going to invest in more sophisticated sectors such as mining, steel and metallurgy
With President Kubitschek (1956-1961) and his plan of goals, Brazil leveraged as other industry sectors: Chemicals, pharmaceuticals, automobiles, ships plants. During this period the multinationals settle in the country.
In 1964, the military take control of Brazil for two decades and remain in power. This was one of the most prosperous periods of the nation known as the "economic miracle". The military gave priorities to accomplish works of infrastructure for the industries in the country could produce. They built many roads to transport goods, power plants built to ensure the power supply so that the machines could work and facilities of cement factories ensured the growth of the construction.
With the Real Plan of 1994, Brazil implemented by the then Finance Minister Fernando Henrique Cardoso, the country experienced economic stability. The plan succeeded and his successor, Lula, even though the opposite political party, remained the same economic policy, ensuring better quality of life for Brazilians.
EXERCISE:
Make a summary of the Brazilian industrial revolution, the Internet search and summarize what you get. Nothing to copy texts from the Internet.
INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL
Texto de autoria do professor Valdemir Mota de Menezes
PERÍODO D PROIBIÇÃO
O ser humano muitas vezes é tão avarento e ganancioso que deseja o atraso dos outros, com intuito se subjugar seu semelhantes. Assim Portugal proibia o desenvolvimento econômico da colônia brasileira. Somente permitiam que o Brasil tivesse confecção de pano grosso para fazer roupas para os escravos.
PERÍODO DA IMPLANTAÇÃO
Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808, pois esta fugia de Napoleão que conquistará o território de Portugal. O Brasil passou a importar da Inglaterra
Em 1846 as indústrias têxteis passaram a ter isenções fiscais. Mas as indústrias não conseguiam progredir por faltar homens livres e assalariados para comprar. Em 1850 com a Lei Euzébio de Queiroz proibindo o comercio de escravos, o capital ficou ocioso e os ricos passaram a investir na indústria.
Em 1907 havia 3 mil industrias no Brasil
Em 1920 já havia 13 mil industrias.
Os senhores de engenhos passaram a ser industriais.
PERÍODO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Nosso grande Líder Getúlio Vargas reprimiu as oligarquias exploradoras e passou a incentivar as industrias nacionais e a contratação de mão-de-obra de brasileiros
As grandes criações de Vargas na infra-estrutura brasileira foram:
Conselho Nacional do Petróleo (1938)
Companhia Siderúrgica Nacional (1941)
Companhia Vale do Rio Doce (1943)
Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945)
Petrobrás
São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul foram os estados que mais receberam empresas, provocando êxodo migratório dos nordestinos para estes Estados.
PERÍODO DA INTERNACIONALIZAÇÃO
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o Brasil a balança comercial tinha um superávit, fruto do país ter mais exportado que importando, passando a investir mais em setores mais sofisticados como a mineração, siderurgia e metalurgia
Com o presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961) e o seu plano de Metas, o Brasil alavancou outros setores da indústria como: Química, farmacêutica, automóveis, fábricas de navios. Neste período as multinacionais se instalam no país.
Em 1964, os militares assumem o controle do Brasil e durante duas décadas ficam no poder. Este foi um dos períodos mais próspero da nação conhecida como “o milagre econômico”. Os militares deram prioridades em realizar obras de infra-estrutura para que as industrias pudessem produzir no país. Construíram muitas rodovias para escoar as mercadorias, construíram hidroelétricas para garantir o fornecimento de energia para que as máquinas pudessem trabalhar e as instalações de fábricas de cimento garantiram o crescimento da construção civil.
Com o plano Real de 1994 o Brasil implantado pelo então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, o país conheceu a estabilidade econômica. O plano deu certo e o seu sucessor, Lula, mesmo sendo de partido político oposto, manteve a mesma política econômica, garantindo melhor condição de vida aos brasileiros.
EXERCÍCIO:
Faça um resumo sobre a Revolução Industrial Brasileira, pesquise na internet e faça um resumo do que você entendeu. Nada de copiar textos da internet.
terça-feira, 24 de abril de 2012
REDUÇÃO DA POPULAÇÃO INDÍGENA
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REDUÇÃO DA POPULAÇÃO INDÍGENA
UNIMES
As conseqüências para este povos submetidos devem ser denunciadas
sempre que se falar em conquista e expansão européias. O que houve com
as populações nativas na América?
Em primeiro lugar, houve uma rápida redução da população tanto pela violência militar empreendida pelos conquistadores quanto pela econômica
e cultural. Além disso, os europeus trouxeram para o território americano
doenças inexistentes no continente, provocando a morte de muitos nativos
por falta de defesas ou remédios contra elas..
A escravização dos nativos foi outro fato de dizimação das populações
nativas; ela ocorreu em grandes proporções na América espanhola — especialmente
no trabalho das minas — mas ocorreu também no território
da América portuguesa.
Finalmente, outro fator de redução da população foi a guerra entre populações
hostis, incitadas pelos europeus, como estratégia de dominação.
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A Realidade dos Povos Indígenas no Brasil
53 - Atualmente, têm-se conhecimento da existência de povos indígenas, com suas respectivas terras tradicionais, demarcadas ou não, vivendo em 24 unidades da federação. Estima-se que a população indígena total seja de 550.438 pessoas, pertencentes a 225 povos, falando cerca de 180 línguas diferentes. Desta população, cerca de 358.310[1] vivem em seus territórios, outros 191.228[2] migraram para centros urbanos e há uma estimativa de 900[3] índios que são pertencentes a povos não contactados.
54 - O significativo aumento da população indígena, comparado a dados da década de 70, se deve a três fatores em especial: ao crescimento real da população de muitas aldeias; ao fato de muitas comunidades terem voltado a revelar a identidade cultural, antes ocultada, e à atualização dos dados do Censo oficial, em 1999, considerando também os índios que vivem nos centros urbanos.
55 - Há dois segmentos da população indígena para os quais há ausência total de política de atendimento por parte do governo: são os índios que vivem nas cidades e os povos considerados “ressurgidos ou emergentes”.
56 - As famílias indígenas que vivem em centros urbanos, em sua grande maioria, foram forçadas a migrar. Elas geralmente não deixam suas terras por opção, mas para tentar encontrar condições melhores de vida. Suas histórias são marcadas pela violência, fogem das ameaças constantes, da escassez intensa ou do preconceito. A migração não ocorre apenas em direção às cidades. Em várias regiões encontram-se grupos familiares dispersos, que nas migrações vão se afastando, tanto de suas terras tradicionais quanto de outros membros de seu povo. Podemos citar o exemplo do povo Atikum, que embora seu território tradicional se localize na Região Nordeste, no Estado de Pernambuco, encontra-se hoje distribuído entre os Rstados do Pará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia.
57 - Outro segmento da população indígena, desassistido pelo governo brasileiro, são os povos ressurgidos. São povos que foram forçados a manter no anonimato as suas identidades étnicas e culturais durante anos e até séculos, em conseqüência de violentos processos de perseguição e de discriminação. A conjuntura dos últimos anos tem possibilitado que estes povos reassumam suas identidades e reivindiquem a devolução de seus territórios tradicionais, cabendo ao Estado Brasileiro demarcá-los, conforme determina a Constituição Federal. Nos encontros, assembléias e momentos coletivos, os povos indígenas têm alertado para a necessidade de se assegurar aos índios que vivem nas cidades e aos povos ressurgidos os mesmos direitos consagrados na Constituição.
Muitas faces da violência
58 - “Achamos aqui assados vivos a homens racionais: crianças, mulheres e varões. É costume comum desses homicidas [os paulistas] que quando vão embora apressados queimem os enfermos, os velhos e os impedidos de caminhar”. (Ruiz de Montoya, missionário jesuíta, 1639, sobre as barbaridades cometidas pelos paulistas à redução jesuítica de Sant’Ana, no Paraguai).
59 - Não há dúvidas de que, a partir da chegada dos europeus, os povos indígenas passaram a conviver com os mais variados tipos de violência. Componente intrínseco ao regime imposto pela colonização portuguesa, a prática da violência acontecia, sobretudo, no trato com os escravos. Era também a estratégia mais comum na disputa pela terra e ampliação das fronteiras do território colonial. Passados quinhentos anos, a violência continua em pauta, na política indigenista atual. É uma violência estrutural, estrategicamente incorporada aos processos genocidas que se revelam hoje nas invasões de terra, aliciamento, repressão cultural e religiosa, roubos, fome, alcoolismo, prostituição, esterilização de mulheres, discriminação e etc.
60 - Desde a década de 80, o Cimi vem publicando relatórios da violência contra os povos indígenas. Estes constituem-se num verdadeiro retrato sem retoques da dura situação vivenciada pelos índios no Brasil. Observando estes relatórios, verifica-se, na segunda metade da década de 90, um aumento considerável da violência praticada contra os povos indígenas.
61 - Um dado assustador é o crescimento do número de assassinatos, associados, em grande parte, à luta pela terra. No período compreendido entre 1995-1998, foram 46 índios assassinados.[4] Também houve um acentuado aumento das violências cometidas pelo Poder Público (funcionários públicos civis e militares, Poder Executivo das esferas municipal, estadual e federal). Em 1996 houve um aumento de cerca de 92% em relação a 1995. O levantamento registrou 138.722 ocorrências, com um total de 10.385 vítimas. O mais grave é que, entre os praticantes de delitos, encontram-se até funcionários da Funai, órgão destinado a defender os interesses indígenas.
62 - Uma das principais causas da violência contra os índios é a cobiça de suas terras. Pode-se afirmar que 85% das terras indígenas (incluindo-se as demarcadas) são objeto dos mais diversos tipos de invasão, tais como a presença de posseiros, garimpeiros, madeireiros, projetos de colonização, abertura de estradas, hidrelétricas, linhas de transmissão, hidrovias, ferrovias, gasodutos, oleodutos, minerodutos, criação de unidades de conservação ambiental e etc.
63 - As reivindicações dos povos indígenas são justas, pois se fundamentam nos direitos que possuem, como pessoas, como cidadãos e como povos diferenciados. Para a superação da violência, eles exigem a garantia da terra, da dignidade, da justiça e de um atendimento respeitoso e adequado. Nos caminhos traçados em suas lutas, os índios questionam não apenas a política indigenista, mas a base de toda a política que coloca em segundo plano o bem estar da pessoa humana. Suas lutas questionam a concentração da terra em grandes latifúndios, a privatização dos bens, recursos e conhecimentos produzidos socialmente. Estas são também as reivindicações de todos aqueles que lutam para construir uma sociedade mais humana e igualitária, de todos os que cultivam a utopia da transformação ampla da sociedade.
64 - Neste sentido, é fundamental conhecermos e refletirmos sobre o significado da terra, da convivência, do meio ambiente, da saúde, da educação para os povos indígenas e quais os caminhos apontados por eles na construção de um país melhor. Compreendendo a realidade indígena e os caminhos de luta construídos coletivamente por estes povos, podemos vislumbrar, não apenas as formas possíveis de solidariedade com eles, mas as diversas maneiras de viver, de lutar, de acreditar e de forjar o amanhã, úteis também para a transformação de nossa própria realidade.
A Terra e seu significado para os povos indígenas
65 - Os povos indígenas mantêm uma relação muito especial com a terra. Para ocupá-la, não distribuem títulos ou lotes particulares, ocupam-na de forma coletiva. A terra é posse de todo o povo. Uma das mais expressivas vitórias na história recente dos índios no Brasil foi a conquista de um capítulo especial na Constituição Brasileira. O artigo 231, referente aos direitos indígenas, reconhece a posse coletiva das terras, o significado do território para as culturas dos povos. Afirma serem elas “inalienáveis e indisponíveis”, ou seja, não podem ser vendidas, não estão a serviço do mercado, mas sim do usufruto exclusivo dos índios.
66 - A terra para o índio “é seu chão cultural, habitada por suas tradições, referência básica dos seus valores vitais, prenhe de mitos, campo de sua história”[5] O relacionamento dos índios com sua terra assemelha-se ao modo como o povo hebreu concebia a terra prometida. Para eles, a Palestina não era igual às outras terras, porque era a terra da Promessa. Fora daquela terra era impossível celebrar a liturgia, as festas e até mesmo cantar um dos cânticos de Sião (2 Rs 5, 17). Da mesma maneira, os povos indígenas têm seus lugares sagrados, espaços de seus rituais, de manifestação de suas crenças e da força de seus ancestrais. A terra é o chão de sua história, de sua cultura, de sua coesão, de sua sobrevivência.
67 - Trechos da carta escrita em 1855 pelo Cacique Seathe, do povo Duwamish, ao presidente dos Estados Unidos, podem ajudar-nos a compreender melhor esta questão. Esta carta foi escrita depois que o governo americano propôs a compra do território daquele povo:
“Como se pode comprar o céu, o calor da terra?
Tal idéia nos é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água. Como podes então comprá-los de nós?...
Toda esta terra é sagrada para meu povo.
Cada folha reluzente, todas as praias arenosas, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro porque ele é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo aquilo quanto necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga e, depois de sugá-la, ele vai embora...
Sua ganância empobrecerá a terra e vai deixar atrás de si os desertos.
Uma coisa sabemos que o homem branco talvez venha um dia a descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus.
Julgas talvez que O podes possuir da mesma maneira como desejas possuir nossa terra. Mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira. E quer bem igualmente ao índio como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo seu Criador...
Nós amamos a terra como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe...O nosso Deus é o mesmo Deus e esta terra é querida por Ele”.
Conquistar a terra, garantir a vida
“Eu sirvo até de adubo para minha terra,
mas dela eu não saio”.
(Samado, líder Pataxó Hã-Hã-Hãe, +09/09/1998)
fonte:
http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/indios/cf_2002.html
sexta-feira, 20 de abril de 2012
CORONELISMO
Esta matéria da Wikipédia serviu de base para o Escriba Valdemir Mota de Menezes dar uma aula sobre o tema na Escola de Ensino Fundamental onde é professor.
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Coronelismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Este artigo é parte da série sobrePoder Político
Poder Político
Executivo Legislativo Judiciário
Tipos de poder
Aristocracia AutocraciaBurocracia DemagogiaCleptocracia ClerocraciaCorporativismo FisiologismoCorporocracia MeritocraciaMinarquia OclocraciaOligarquia PlutocraciaSociocracia TecnocraciaTeocracia CaudilhismoCoronelismo Nepotismo
Ver também
Série Política
Coronelismo[1] é um brasileirismo[2][3] usado para definir a complexa estrutura de poder que tem início no plano municipal, exercido com hipertrofia privada (a figura do coronel) sobre o poder público (o Estado), e tendo como carecteres secundários o mandonismo, o filhotismo (ou apadrinhamento), a fraude eleitoral e a desorganização dos serviços públicos - e abrange todo o sistema político do pais, durante a República Velha.[4] Era representado por lideranças que iam desde o "áspero guerreiro" Horácio de Matos a um letrado Veremundo Soares, possuindo como "linha-mestra" o controle da população.[5] Como forma de poder político consiste na figura de uma liderança local - o Coronel - que define as escolhas dos eleitores em candidatos por ele indicados.[6]
Como período histórico do Brasil compreende o intervalo desde a Proclamação da República (1889) até a prisão dos coroneis baianos, pela Revolução de 1930, tendo seu fim simbólico no assassinato de Horácio de Matos, no ano seguinte,[5] sendo definitivamente sepultado com a derrubada do caudilho gaúcho Flores da Cunha, com a implantação do Estado Novo em 1937[7]. Entretanto, como figura integrante da Guarda Nacional, os oficiais civis tiveram uma existência entre 1831 e 1918 (ou 1924).[8]
Como forma de mandonismo, que tem origem no período colonial - quando era inicialmente absoluto o poder do chefe local, evoluindo em seguida para formas mais elaboradas de controle, passando pelo coronelismo até as modernas formas de clientelismo.[5] Embora o cargo de Coronel da Guarda Nacional tenha sido originado quando da criação da própria Guarda Nacional no Período Regencial quando era Ministro da Justiça o Padre Feijó (1831), não era o mesmo que a patente militar do Exército e, como fenômeno social e político, teve lugar após o advento da República.[9]
Índice [esconder]
1 Conceituação
2 As raízes
3 A disseminação pelo Brasil e a falta de controle
4 O compadrio
5 Primeira República
6 A manutenção do poder, e a neutralização da oposição
7 O coronelismo entre as décadas de 1930 a 1960
8 A influência dos meios de comunicação
9 O coronel-caudilho
10 O início das liberdades democráticas
11 Caciquismo
12 Bibliografia
13 Referências
14 Ver também
15 Ligações externas
[editar] Conceituação
O coronel conseguia o voto do eleitor de duas formas: a) por meio da violência: caso o eleitor o traísse, votando em outro candidato, podia perder o emprego ou ser surrado pelos capangas do coronel; b) pela troca de favores:o coronel oferecia a seus dependentes favores, como uma sacola de alimentos, remédios, segurança, vaga no hospital, dinheiro emprestado, emprego etc.
Diversos autores procuram melhor definir o coronelismo, tendo em vista que, embora tenha sido extinto com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, ainda manteve suas características em várias partes do país e, também, por se confundir com outros conceitos relacionados ao mandonismo, clientelismo e, até, feudalismo, como se verifica em diversos autores brasileiros e estrangeiros. Cabe aqui dizer um exemplo ainda vivo de coronel atuante na política brasileira, José Sarney, de forma triste.[7]
Oliveira Vianna e Nestor Duarte equiparam o fenômeno ao feudalismo.[9]
Silva e Bastos resumem assim o conceito: "O coronelismo, fenômeno social e político típico da República Velha, embora suas raízes se encontrem no Império, foi decorrente da montagem de modernas insituições - autonomia estadual, voto universal - sobre estruturas arcaicas, baseadas na grande propriedade rural e nos interesses particularistas."[9] /
[editar] As raízes
As raízes do Coronelismo provêm da tradição patriarcal brasileira e do arcaísmo da estrutura agropecuária no interior remoto do Brasil.
Quando foi criada a Guarda Nacional em 1831 pelo governo imperial, as milícias e ordenanças foram extintas e substituídas pela nova corporação. A Guarda Nacional passou a defender a integridade do império e a Constituição.
Como os quadros da corporação eram nomeados pelo governo central ou pelos presidentes de província, iniciou-se um longo processo de tráfico de influências e corrupção política. Como o Brasil se baseava estruturalmente em oligarquias, esses líderes, ou seja, os grandes latifundiários e oligarcas, começaram a financiar campanhas políticas de seus afilhados, e ao mesmo tempo ganhar o poder de comandar a Guarda Nacional.
Devido a esta estrutura, a patente de coronel da Guarda Nacional, passou a ser equivalente a um título nobiliárquico, concedida de preferência aos grandes proprietários de terras.[10] Desta forma conseguiram adquirir autoridade para impor a ordem sobre o povo e os escravos.[11]
[editar] A disseminação pelo Brasil e a falta de controle
Devido ao seu território continental, portanto à falta de mecanismos de vigilância direta dos coronéis pelo poder central, e pela população pobre e ignorante, o Brasil passou a ser refém dos coronéis. Estes "personificaram a invasão particular da autoridade pública". O sistema criado pelo coronelismo passou a favorecer os grandes proprietários que iniciaram a invasão, a tomada de terras pela força e a expulsão do pequeno produtor rural, que passou a se transformar numa figura servil em nome dos novos senhores. Portanto, surgiu a figura do coronel sem cargo, qualificado pelo prestígio e pela capacidade de mobilização eleitoral. E este termo coronel vem da Guarda Nacional, para denominar os cargos mais importantes que pertenciam aos chefes locais mais destacados que ocupavam nela os postos superiores, no caso, de coronéis, acompanhados de majores e capitães. Esta foi abolida oficialmente com a ascensão do governo de Getúlio Vargas, contudo persistiu a denominação de “coronel”, que deu origem ao vocábulo coronelismo que perpassou momentos distintos de todo século XX, sendo empregados a pessoas de posses como comerciantes, grandes proprietários rurais, chefes políticos locais entre outros que dispunham de influência sobre as massas e representava para estas autoridades incontestáveis. Nestas condições, serão analisados aqui alguns autores que tratam desta temática, verificando-se onde, período e como foi escrita cada obra que aqui será considerada, averiguando suas semelhanças e diferenças(Silva, Marcondes Alexandre 2009).
[editar] O compadrio
Começaram então a surgir as relações de compadrio,[12] onde os elementos considerados inferiores e dependentes submetiam-se ao senhor da terra pela proteção e persuasão. Se por um acaso houvesse alguma resistência de alguma parcela dos apadrinhados, estes eram expulsos da fazenda, perseguidos e assassinados impunemente. Muitas vezes juntamente com toda a sua família para servir de exemplo aos outros afilhados.
[editar] Primeira República
Pintura da proclamação da República
Com a Proclamação da República do Brasil até em 1930 quando foi o fim da república velha, o coronelismo se manteu em equilíbrio.[13]
Promulgada a primeira constituição republicana, adotou-se um sistema eleitoral, onde o voto era aberto. Cada chefe político tinha, portanto, pleno controle sobre seus eleitores e, a rigor, a democracia era uma mera ficção[14].
Após o governo Campos Sales houve uma coligação de poderes estaduais que favoreceu o pleno florescimento do coronelismo. O aumento da riqueza agrícola, e portanto do poder dos grandes latifundiários e oligarcas, propiciou sua chegada à esfera do poder central. Os chefes dos estados, passaram a ser os coronéis dos coronéis, os currais eleitorais se multiplicaram no país, a compra e troca de votos dos eleitores por favores e apadrinhamentos passou a ser prática comum nas grandes cidades agora, além da área rural.[15]
[editar] A manutenção do poder, e a neutralização da oposição
O interior de Goiás foi palco do coronelismo.
Qualquer coronel chefe de algum município que se opusesse a um coronel do estado, sofreria retaliações em forma de cortes de verbas para o município, que gerariam perda de votos e portanto, o líder caía em desgraça, isto é, opor-se ao governo do estado, implicava sérias privações para o chefe municipal e seus seguidores, principalmente no interior. Nos municípios mais ricos, com o aumento da cultura política da população, começou a haver uma certa oposição ao coronelismo. O problema porém, é que começaram a haver os coronéis de situação e os coronéis de oposição. Embora uma vitória eleitoral de um coronel de oposição, poderia ser considerada um fato raro, pois em caso de vitória deste, a máquina político-administrativa governamental trabalhava contra ele na política, no fisco, na justiça e na administração. O mecanismo era simples e eficiente, uma vez eleito, o opositor precisava de recursos, estes dificilmente viriam sem concessões.[16]
[editar] O coronelismo entre as décadas de 1930 a 1960
Entre a década de trinta e a década de sessenta, a população rural iniciou seu lento deslocamento para os centros urbanos. O acesso à educação e aos meios de comunicação fizeram a população aumentar seu nível cultural e portanto sua politização. O eleitor passou a ser mais crítico, e os poderosos então tiveram que mudar suas táticas de obtenção de votos. Começaram a surgir novos líderes, porém no interior o coronelismo continuava com sua força e os currais eleitorais ainda existiam. Ainda hoje, boa parcela da população interiorana é mantida ignorante e sem acesso à informação e à educação, principalmente nas grandes propriedades rurais mais distantes, no interior da Amazônia, onde aumentam as denúncias de escravidão.
[editar] A influência dos meios de comunicação
Charge sobre o voto de cabresto.
Com o surgimento de novos líderes e com o crescimento do uso dos meios de comunicação, estes começaram a se dirigir à população de forma cada vez mais concentrada nas grandes cidades que iniciavam seu longo inchaço em direção à favelização diminuindo o poder político dos coronéis. Na área rural porém através da pobreza e da dependência da população, surgiu um novo método de adquirir votos, o chamado voto de cabresto. Este propiciou o crescimento de um método de poder que já existia, porém no Brasil ganhou força juntamente com o coronelismo, era o caudilhismo.
[editar] O coronel-caudilho
A diferença básica entre o coronel e o caudilho, é que o primeiro se impõe pela força e pelo medo, enquanto o segundo se impõe pelo carisma e pela liderança no sentido de salvador da pátria. Tanto um quanto outro se manifestaram no Brasil. Ambos eram fenômenos oriundos do meio rural, da ignorância e analfabetismo funcional do eleitor. Ambos eram sistemas onde a palavra de ordem eram ditadura e autoritarismo, muitas vezes através do terror.
[editar] O início das liberdades democráticas
Já no final da década de 80, o caudilhismo há muito deixou de ser um método de obtenção e manutenção do poder no Brasil pelos coronéis. Porém o coronelismo perdura nos municípios e regiões mais afastadas no interior, promovendo ainda assassinatos e terrorismo entre a população menos favorecida. Apesar disso, os mecanismos de proteção institucional começaram a se formar com a queda da ditadura militar que havia sido imposta ao País pelo golpe militar de 1964. Em 1988, com a promulgação da Constituição Cidadã, o brasileiro passou a ter reconhecida sua cidadania de forma mais plena. As denúncias de desmandos, corrupção, roubos e crimes de colarinho branco começaram a ser divulgadas pela mídia nacional e internacional. Os detentores do poder econômico, os grandes oligarcas ou coronéis tornaram-se figuras com uma nova roupagem - são os "caciques".
[editar] Caciquismo
O caciquismo também é oriundo da época do império, mas o método era utilizado por poucos líderes políticos até ser redescoberto no início da década de noventa.
Uma vez que o fenômeno é bastante semelhante ao coronelismo e ao caudilhismo, o caciquismo difere na agressividade.
O cacique político é o chefe político local de uma determinada comunidade, pode ser um deputado estadual, federal ou um senador. Seu domínio se espalha pelos currais eleitorais que estão a seu dispor. O traço principal do coronel-cacique é a chamada política clientelista, esta se dá através de concessão de favores e cargos públicos, chamados de cargos de confiança, ou cargos comissionados.[17]
O caciquismo, também se utiliza da chamada política de mão-no-ombro. Normalmente o cacique domina seu eleitorado da mesma forma que o caudilho, isto é pela emoção, mas detém o poder de controlar a quantidade de votos de determinada região da mesma forma que o coronelismo, só que desta vez o controle é por zona eleitoral, e não por área rural. Desta forma o cacique age cortando as verbas e trabalhos da máquina estatal para esta zona eleitoral, propiciando um enriquecimento, ou empobrecimento da região conforme sua necessidade de angariar poder. Igual ao coronel, o cacique age também sobre o processo eleitoral local, o que multiplica seu poder e o torna temido.[18][19][20]
[editar] Bibliografia
DUARTE, Nestor. A Ordem Privada e a Organização Política Nacional. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1939. (Versão online, integral)
JANOTI, Maria de Lourdes Monaco. Coronelismo: uma política de compromissos. São Paulo: Brasiliense, 8ª ed., 1992.
HERÁCLIO, Reginaldo. Chico Heráclio: o último coronel. Recife: Companhia Editora de Pernambuco, 1979
LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, Enxada e Voto. Rio de Janeiro, Forense, 1949.
LINS, Wilson. O Médio São Francisco.
MORAES, Walfrido. Jagunços e Heróis - A Civilização do Diamante nas Lavras da Bahia. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1963
PANG, Eul-Soo. Coronelismo e Oligarquias, 1889-1943. A Bahia na Primeira República. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1979.
QUEIROZ, Claudionor de Oliveira. O Sertão que Eu Conheci, Salvador: ALBa, 2ª ed., 1998.
Referências
↑ Sua Pesquisa. Coronelismo. Página visitada em 14 de janeiro de 2012.
↑ Dicionário Aurélio, verbete coronelismo
↑ CARONE, Edgard. Coronelismo: definição histórica e bibliografia. [S.l.]: Revista de Administração de Empresas, vol. 11, nº3, 1971. 85-89 p.
↑ Victor Nunes Leal. Coronelismo, Enxada e Voto. [S.l.]: Forense, Rio de Janeiro, 3ª ed., 1997.
↑ a b c CARVALHO, José Murilo de. Colaboração especial in: ABREU, Alzira Alves de.. Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro (1930-1983). [S.l.]: CPDOC/FGV/Forense, 1984. 932-933 p. - verbete coronelismo.
↑ JANOTI, Maria de Lourdes Monaco. Coronelismo: uma política de compromissos. 8ª ed. [S.l.]: Brasiliense, São Paulo, 1992. ISBN 85-11-02013-6
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↑ Victor Nunes Leal "Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil" Editora Alfa-Omega 1976 ISBN: 852950092x
↑ Nunes Leal 1976 Ibidem
↑ Nunes Leal 1949 Ibidem
↑ Nunes Leal 1949 Ibidem
↑ Saldanha 2007 Ibidem
↑ Barry Ames; "Os entraves da Democracia no Brasil" Fundação Getúlio Vargas 2003 ISBN 8522504202
INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL
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História da industrialização no Brasil
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História do Brasil
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A industrialização no Brasil pode ser dividida em quatro períodos principais: o primeiro período, de 1500 a 1808, chamado de "Proibição"; o segundo período, de 1808 a 1930, chamado de "Implantação"; o terceiro período, de 1930 a 1956, conhecido como fase da Revolução Industrial Brasileira, e o quarto período, após 1956, chamado de fase da internacionalização da economia brasileira.
Índice [esconder]
1 Primeiro período (1500 - 1808): de "proibição"
2 Segundo período (1808-1930): implantação
2.1 Primeira fase (1808-1850)
2.2 Segunda fase (1850-1930)
3 Terceiro período (1930-1956): a "revolução industrial"
4 Quarto período (1956 em diante): internacionalização
5 Notas
6 Ver também
[editar] Primeiro período (1500 - 1808): de "proibição"
Nesta época se fazia restrição ao desenvolvimento de atividades industriais no Brasil. Apenas uma pequena indústria para consumo interno era permitida, devido às distâncias entre a metrópole e a colônia. Eram, principalmente, de fiação, calçados, vasilhames.
Na segunda metade do século XVIII algumas indústrias começaram a crescer, como a do mármore e a têxtil. Portugal já possuía essas indústrias, abrindo assim uma concorrência ao comércio da côrte e poderiam tornar a colônia independente financeiramente, adquirindo a possibilidade da independência política. Assim, em 5 de janeiro de 1785, D. Maria I assinou um alvará,[1] extinguindo todas as manufaturas têxteis da colônia, exceto a dos panos grossos para uso dos escravos e trabalhadores.
[editar] Segundo período (1808-1930): implantação
[editar] Primeira fase (1808-1850)
Em 1808 chegando ao Brasil a família real portuguesa, D. João VI revogou o alvará, abriu os portos ao comércio exterior e fixou taxa de 24% para produtos importados, exceto para os portugueses que foram taxados em 16%. Com a complementação da invasão de Portugal por Napoleão, era contra-produtivo importar produtos de Portugal o que significaria financiar indiretamente os interesses Franceses em terras Portuguesas. Em 1810 através de um contrato comercial com a Inglaterra, foi fixada em 15% a taxa para as mercadorias inglesas por um período de 15 anos. Neste período, o desenvolvimento industrial brasileiro foi mínimo devido à forte concorrência dos produtos ingleses que, além de serem de melhor qualidade, eram mais baratos.
Em 1828 foi renovado o protecionismo econômico cobrando-se uma taxa de 16% sobre os produtos estrangeiros, agora para todos os países, sem exceção. Porém essa taxa era ainda insuficiente para promover algum desenvolvimento industrial no País.
Em 1844 o então Ministro da Fazenda Manuel Alves Branco decretou uma lei (Lei Alves Branco) que ampliava as taxas de importação para 20% sobre produtos sem similar nacional e 60% sobre aqueles com similar nacional. Assim, algumas atividades industriais do país foram protegidas.
Em 1846 a indústria têxtil obteve incentivos fiscais e, no ano seguinte, as matérias-primas necessárias à indústria do país receberam isenção das taxas alfandegárias.
Mas nem esses incentivos foram suficientes para alavancar o desenvolvimento industrial. A escravidão ainda estava presente. Faltavam trabalhadores livres e assalariados para constituir a base do mercado consumidor. Além disso, as elites enriquecidas pelo café ainda não estavam dispostas a investir na indústria.
[editar] Segunda fase (1850-1930)
Em 1850 é assinada a Lei Eusébio de Queirós proibindo o tráfico intercontinental de escravos (embora o tráfico interprovincial continuasse, destacando-se a transferência de escravos da decadente economia nordestina para o Vale do Paraíba, que vivia a ascensão da cafeicultura) e que trouxe duas conseqüências importantes para o desenvolvimento industrial:
Os capitais que eram aplicados na compra de escravos ficaram disponíveis e foram aplicados no setor industrial.
A cafeicultura, que estava em pleno desenvolvimento, necessitava de mão de obra. Isso estimulou a entrada de um número considerável de imigrantes, que trouxeram novas técnicas de produção de manufaturados e foi a primeira mão de obra assalariada no Brasil. Assim constituíram um mercado consumidor indispensável ao desenvolvimento industrial, bem como força de trabalho especializada.
O setor que mais cresceu foi o têxtil, favorecido em parte pelo crescimento da cultura do algodão em razão da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, entre 1861 e 1865.
Na década de 1880 ocorreu o primeiro surto industrial quando a quantidade de estabelecimentos passou de 200, em 1881, para 600, em 1889.
Esse primeiro momento de crescimento industrial inaugurou o processo de substituição de importações.
Entre julho de 1914 e novembro 1918 ocorreu a Primeira Guerra Mundial e, a partir dai, vamos constatar que os períodos de crise foram favoráveis ao nosso crescimento industrial. Isso ocorreu também em 1929 com a Crise Econômica Mundial / Quebra da Bolsa de Nova Iorque e, mais tarde, em 1939 com a 2ª Guerra Mundial, até 1945.
Nesses períodos a exportação do café era prejudicada e havia dificuldade em se importar os bens industrializados, estimulando dessa forma os investimentos e a produção interna, basicamente indústria de bens de consumo.
Em 1907 foi realizado o 1° censo industrial do Brasil, indicando a existência de pouco mais de 3.000 empresas. O 2° censo, em 1920, mostrava a existência de mais de 13.000 empresas, caracterizando um novo grande crescimento industrial nesse período, principalmente durante a 1ª Guerra Mundial quando surgiram quase 6.000 empresas.
Predominava a indústria de bens de consumo que já abastecia boa parte do mercado interno.
O setor alimentício cresceu bastante, principalmente exportação de carne, ultrapassando o setor têxtil. A economia do país continuava, no entanto, dependente do setor agroexportador, especialmente o café, que respondia por aproximadamente 70% das exportações brasileiras.
[editar] Terceiro período (1930-1956): a "revolução industrial"
O outro foi marcado pela Revolução de 1930, com Getúlio Vargas, que operou uma mudança decisiva no plano da política interna, afastando do poder do estado oligarquias tradicionais que representavam os interesses agrários-comerciais. Getúlio Vargas adotou uma política industrializante, a substituição de mão-de-obra imigrante pela nacional. Essa mão-de-obra era formada no Rio de Janeiro e São Paulo em função do êxodo rural (decadência cafeeira) e movimentos migratórios de nordestinos.
Vargas investiu forte na criação da infra-estrutura industrial: indústria de base e energia. Destacando-se a criação de:
Conselho Nacional do Petróleo (1938)
Companhia Siderúrgica Nacional (1941)
Companhia Vale do Rio Doce (1943)
Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945)
Foram fatores que contribuíram para o desenvolvimento industrial a partir de 1930:
o grande êxodo rural, devido a crise do café, com o aumento da população urbana que foi constituir um mercado consumidor.
a redução das importações em função da crise mundial e da 2ª Guerra Mundial, que favoreceu o desenvolvimento industrial, livre de concorrência estrangeira.
Esse desenvolvimento ocorreu principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, definindo a grande concentração espacial da indústria, que permanece até hoje.
Uma característica das indústrias que foram criadas desde a 1ª Guerra Mundial é que muitas delas fazem apenas a montagem de peças produzidas e importadas do exterior. São subsidiárias das matrizes estrangeiras.
No início da 2ª Guerra Mundial o crescimento diminuiu porque o Brasil não conseguia importar os equipamentos e máquinas que precisava. Isso ressalta a importância de possuir uma Indústria de Bens de Capital.
Apesar disso as exportações brasileiras continuaram a se manter acarretando um acúmulo de divisas. A matéria-prima nacional substituiu a importada.
Ao final da guerra já existiam indústrias com capital e tecnologia nacionais, como a indústria de autopeças.
No segundo governo Vargas (1951-1954), os projetos de desenvolvimento baseados no capitalismo de Estado, através de investimentos públicos no extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC, em 1951), BNDES, dentre outros, forneceram importantes subsídios para Juscelino Kubitschek lançar seu Plano de Metas, ainda que a um elevado custo de internacionalização da economia brasileira.
[editar] Quarto período (1956 em diante): internacionalização
Ao final da Segunda Guerra Mundial o Brasil dispunha de grandes reservas de moeda estrangeira, divisas, fruto de ter exportado mais do que importado.
Houve um crescimento de 8,9% de 1946 a 1950.
Enquanto nas décadas anteriores houve predominância da indústria de bens de consumo, na década de 40 outros tipos de atividade industrial começam a se desenvolver como no setor de minerais, metalurgia, siderurgia, ou seja setores mais sofisticados tecnologicamente.
Em 1946 teve início a produção de aço da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Volta Redonda, que abriu perspectivas para o desenvolvimento industrial do pais, já que o aço constitui a base ou a "matriz" para vários ramos ou tipos de indústria.[2]
Em 1950 alguns problemas de grande importância dificultaram o desenvolvimento industrial:
falta de energia elétrica;
baixa produção de petróleo;
rede de transporte e comunicação deficientes.
Para tentar sanar os dois primeiros problemas, o presidente Getúlio Vargas inaugurou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso e criou a Petrobras.
No governo de Juscelino Kubitschek, 1956 a 1961, criou-se um Plano de Metas que dedicou mais de 2/3 de seus recursos para estimular o setor de energia e transporte.
Aumentou a produção de petróleo e a potência de energia elétrica instalada, visando a assegurar a instalação de indústrias. Desenvolveu-se o setor rodoviário.
Houve um grande crescimento da indústria de bens de produção que cresceu 370% contra 63% da de bens de consumo.
Percebe-se, por esses números, que na década de 50 alterou-se a orientação da industrialização do Brasil. Contribuiu para isso a Instrução 113 da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), instituída em 1955, no governo Café Filho. Essa Instrução permitia a entrada de máquinas e equipamentos sem cobertura cambial (sem depósito de dólares para a aquisição no Banco do Brasil).
O crescimento da indústria de bens de produção refletiu-se principalmente nos seguintes setores:
siderúrgico e metalúrgico (automóveis);
químico e farmacêutico;
construção naval, implantado no Rio de Janeiro em 1958 com a criação do Grupo Executivo da Indústria de Construção Naval (GEICON).
No entanto, o desenvolvimento industrial foi calcado, em grande parte, com capital estrangeiro, atraído por incentivos cambiais, tarifários e fiscais oferecidos pelo governo.
Nesse período teve início em maior escala a internacionalização da economia brasileira, através das multinacionais.
A década de 60 começou com sérios problemas políticos: a renúncia de Jânio Quadros em 1961, a posse do vice-presidente João Goulart, discussões em torno de presidencialismo ou parlamentarismo. Esses fatos ocasionaram um declínio no crescimento econômico e industrial.
Após 1964, os governos militares, retomaram e aceleraram o crescimento econômico e industrial brasileiro. O Estado assumiu a função de órgão supervisor das relações econômicas. O desenvolvimento industrial pós 64 foi significativo.
Ocorreu uma maior diversificação da produção industrial. O Estado assumiu certos empreendimentos como: produção de energia elétrica, do aço, indústria petroquímica, abertura de rodovias e outros, assegurando para a iniciativa privada as condições de expansão ou crescimento de seus negócios.
Houve grande expansão da indústria de bens de consumo não-duráveis e duráveis com a produção inclusive de artigos sofisticados.
Aumentou, entre 1960 e 1980, em números significativos a produção de aço, ferro-gusa, laminados, cimento, petróleo
Para sustentar o crescimento industrial, houve o aumento da capacidade aquisitiva da classe média alta, através de financiamento de consumo. Foi estimulada, também, a exportação de produtos manufaturados através de incentivos governamentais. Em 1979, pela 1ª vez, as exportações de produtos industrializados e semi-industrializados superaram as exportações de bens primários (produtos da agricultura, minérios, matérias-primas).
Após um período de inflação ascendente, foi lançado em 28 de fevereiro de 1986 pelo Governo Sarney o Plano Cruzado, que embora tivesse objetivos implícitos eleitorais, foi caracterizado por uma tentativa de promover o crescimento da produção econômica brasileira sem passar pela penosa austeridade fiscal e monetária que seria a marca registrada do Plano Real, em 1994. No entanto, a proteção alfandegária que existia na época, que restringia as importações e o desbastecimento principalmente de produtos de primeira necessidade promovido por setores oligopolizados da economia condenaram o plano econômico ao fracasso, não obstante sua política de manter o câmbio congelado e a taxa real de juros baixa fizesse o PIB conhecer uma bolha de consumo interna sem precedentes na sua história.
O ajuste das contas públicas pós-Plano Real, e a adoção de medidas tanto políticas como jurídicas de apoio à micro e pequena indústria, bem como a entrada de capital estrangeiro atraído pelos programas de privatizações de estatais, tornaram o investimento do capital de risco no setor industrial atraente.
Também contribuíram para isso a desejada estabilidade nas regras que regiam a economia nos oito anos do mandato que Fernando Henrique Cardoso exerceu a Presidência da República (1994-2002), e a decisão do seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, reeleito em 2006, de manter as mesmas regras, não obstante as divergências ideológicas de alguns grupos internos ao seu partido.
domingo, 8 de abril de 2012
MARECHAL CÂNDIDO RONDON
Rondon was one of the most illustrious sons of the Earth Brazil. Few Brazilians were so long in public service and managed to preserve its image as a man of integrity and who fought for the Indian cause and the colonization of Brazil's interior. (For Valdemir Mota de Menezes, the Scribe)